terça-feira, 12 de novembro de 2013

Participação na Bienal do Livro de São José dos Campos 2013

Realmente, a minha participação na Bienal não foi do jeito que eu esperava. Falha minha, já que deveria saber que a apresentação que propus não ia funcionar no tipo de espaço aonde foi realizado o evento, um galpão com teto de ginásio, que nem nas quadras das escolas, aonde a tendencia natural é a dispersão.
A forma de organização,  aonde os alunos entram em masa, faz com que o ambiente fique tumultuado. Me fez lembrar as multidões de pessoas nas ruas de Campos do Jordão em temporada. "As vezes acontece", foi o que eu lhe diz  ao poeta Mário Pirata certa vez, á mais de duas décadas, quando fomos nos apresentar no interior do Rio grande do Sul, numa feira do livro, organizada pelo SESI de lá .Com ele tinha acontecido na época o mesmo que agora aconteceu comigo. Eu, que escrevi um projeto caprichado, que criei poesias, ensaiei, etc.
Alguma coisa falhou na organização também, já que os alunos das escolas se interessaram muito pouco pelas atividades extras propostas pela Bienal, sejam shows, palestras ou oficinas.
No meu caso o que funcionou foi o meu palhaço, já que não precisa de texto, assim que acabei "brincando" livremente que nem o faço nas ruas de Campos do Jordão.

Foto de Diego Nery Javkin

Detalhe: Procurando um canto apropriado para realizar a performance sobre meio ambiente, que eu tinha criado especialmente para a Bienal, acabei entrando num recinto aonde estava rolando uma palestra em que o tema a ser debatido  era o "humor". Um sujeito totalmente teórico me convidando a ser o seu "exemplo".
Foi realmente muito engraçado. Ele me perguntou: - Palhaço, o que é a comédia?. Como é que pode?
Vocês imaginam que tudo virou uma "palhaçada". É claro, o palhaço não tem regras, ao contrário, ele as burla "uai"...

Moral da história: "O Palhaço está mais perto da cultura do que da educação"...