tag:blogger.com,1999:blog-73111284883429673542024-03-14T03:20:14.994-07:00Mímico AndarilhoMímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.comBlogger166125tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-39686809991557665852023-12-31T17:03:00.000-08:002024-01-18T08:21:55.246-08:00O Professor Substituto de Artes<p> </p><p class="MsoNormal">No pátio, três meninas aguardando a hora passar sentadinhas
em bancos de cimento assistindo ao jogo de pingue-pongue dos meninos maiores. Duas
delas, de uns oito anos de idade, inseparáveis, e a outra, menor, sozinha. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O resto da criançada da escola foi no passeio ao zoológico e,
quando o professor substituto chegou, acompanhado pelo guardinha, deparou-se com
que sua aula do convênio entre as Secretarias de Educação e a Fundação Cultural, em SJC.-SP, pela primeira vez, terá que ser para um grupo de tão só três. Percebendo tamanho desafio, o
responsável da escola, em tom sugestivo, tenta animá-lo dizendo-lhe: “Use a
criatividade”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Apavorado, o substituto olha para as crianças, se apresenta
e depois pergunta: - “O que vamos fazer?”. Duas horas até os pais das meninas
chegarem e ele ali, na frente de uma sala de aula, para cobrir um professor de
Jazz realizando uma “vivência musical”. Como formar um bloco de samba somente com
três alunas?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Recostado na lousa ele enxerga um monte de carteiras vazias
e, perto dele, sentadas na sua frente, duas meninas morenas inseparáveis parecendo
irmãs e lá atrás uma menina menor, também morena, de olhar meigo e tímido,
de rosto redondinho, quietinha e calada. Para piorar, da janela aberta ao fundo
da sala, vem o barulho da rua movimentada.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O professor indica sua mochila dizendo que carrega vários
instrumentos de percussão nela;. o que não anima muito as meninas que propõem ir
brincar no pátio. Ele insiste: - “Vamos apreender música juntos”. – “Alguém tem
uma caneta hidrográfica para escrever na lousa?”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Crianças carregam diferentes objetos nas suas mochilas,
desde garrafinha de água, lanchinho, bola, corda de pular ou, como nesse caso,
caneta hidrográfica para sorte de substituto. – “Muito bem, muito obrigado”. E
agora em tom de palhaçada: - “Você que está no fundo, chega mais perto, por
favor, que eu não posso gritar porque tenho problema nas cordas vocais”. A
menina menorzinha obedece, senta perto e fica olhando de olho arregalado. Para uma
melhor comunicação a estratégia do substituto tem sido encarnar uma personagem engraçada de desenho animado, experiência da sua profissão de palhaço improvisador de rua.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Desenhando na lousa Semínima, Colcheia e Semicolcheia ele
pergunta para as crianças se sabem o que significam essas figuras e elas
respondem que são “Notas Musicais”. Ai ele rabisca um pentagrama e a
escala de Do, para depois puxar da sua mochila uma flauta doce e tocar as notas
da escala. Depois disso uma das meninas traz da secretaria uma flauta doce para cada
criança. Agora tudo vira barulheira. Nessa desorganização muito bem organizada
o substituto tenta passar conceitos básicos de ritmo como tempo e contratempo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E assim vai passando a hora entre sons, barulho e palhaçada.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Pelo geral as aulas nas escolas têm sido dessa forma: as crianças
sentam em roda no chão, o cesto de lixo vira um
surdo e depois da mochila vão surgindo os instrumentos para formar a batucada.
Tamborim, ganzá e reco reco construídos com material reciclável, agogô, dois
pedacinhos de cabo de vassoura para marcar o ritmo, entre outros. O substituto dirige o
samba tocando pandeiro e apitando com apito na boca. Sempre tem uma criança que
naturalmente sai sambando no meio da turma. Autores como Tom Jobim são nomeados
ao referir-se a alguma música que eles conhecem como “Garota de Ipanema”. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dessa vez, no final da aula, o substituto fica aliviado
enquanto come bolachinhas e toma o suco oferecido pela escola junto às três meninas para depois ser
convidado por estas a brincar no pátio. Ele afirma: - “Eu não sou criança”.
Sendo rebatido pelas meninas que respondem: - “Não é, mas parece...”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0UpzjlqRcCTJTD7K98aStr858kPo07eZqI3q12ATlxMqEnGp2Shom70zabecSI4grcYF8hX8lbF9y_BcFlx2CspsX9J9fPWiPRlaBZ4ydngjdjIJ13OgXeU2asBw_hqcH3i5HKdnz4KBFSqmFuw-Jc4z6ggOufn9L8RYsofcXsAs3DLYsgwjRGyN01oM/s2040/411448618_1029778331634119_6100285890321503523_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1148" data-original-width="2040" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0UpzjlqRcCTJTD7K98aStr858kPo07eZqI3q12ATlxMqEnGp2Shom70zabecSI4grcYF8hX8lbF9y_BcFlx2CspsX9J9fPWiPRlaBZ4ydngjdjIJ13OgXeU2asBw_hqcH3i5HKdnz4KBFSqmFuw-Jc4z6ggOufn9L8RYsofcXsAs3DLYsgwjRGyN01oM/s320/411448618_1029778331634119_6100285890321503523_n.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-15948298033160966472023-08-04T17:42:00.009-07:002023-12-31T17:06:10.961-08:00A menina e a coleira...<p> </p><p class="MsoNormal">Dos animais de estimação que as pessoas criam os mais comuns
são os cachorros e os gatos. Os comércios que atendem um público com certo
status social ou poder aquisitivo maior acabam tendo que se adaptar a essa
realidade, permitindo a permanência dos animaizinhos integrantes da família
dentro dos estabelecimentos. Estes, pelo geral, presos a coleiras ou, se forem menores, até dentro de
carrinhos tipo de bebê.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Trabalhando na frente de restaurante na passagem de pessoas
em Campos do Jordão costumo ver cenas das mais inusitadas como as de cachorro
vira-latas querendo brigar com cachorro de raça de família abastada.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Do que tenho presenciado nada supera a experiência que tive
um dia desses, na temporada de inverno, enquanto estava me apresentando. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>De repente vejo uma criança linda, loira, de
olhos azuis, de uns seis ou sete anos de idade, presa a uma cólera, passeando
com seu avô. Fiquei tão chocado que parei tudo e fui atrás deles. A menina
parecia saudável, mas o seu olhar ficava um pouco perdido e ela não se
comunicava com o meio que a rodeava. Falei com o vô, um senhor elegante, que me
disse que ela tem uma doença rara que os médicos não conseguem detectar nem no
Brasil nem nos Estados Unidos, que eles gastam na faixa de uns trinta mil reais
por mês em convênio médico e que ela frequenta uma escola de crianças normais
de forma de ser incluída na sociedade. Perguntei se eu podia tentar me
comunicar com ela e, sendo autorizado, enchi uma bexiga dessas de criar figuras
e a coloquei na frente da menina. Ela simplesmente a afastou com uma mão. O
senhor me disse “não adianta, ela fica no seu mundo e ainda não fala”. “Já
tentamos de tudo e chegamos à conclusão de que o problema dela é espiritual”. Espiritual?
Perguntei. “Sim, a gente acha que é carma”. Dito isso como conclusão parece que ele nada mais iria escutar do que eu dissesse . Mesmo assim argumentei: Bom,
menos mal que vocês têm dinheiro para poder dar uma estrutura mínima e a procura
de uma solução para o problema dela. Também comentei que em São José dos
Campos, cidade onde eu moro, existe um serviço público municipal gratuito chamado
“Integra” que atende pessoas com todo tipo de deficiência e que lá há uma
estrutura parecida como a que ele me disse que oferece o convênio para sua
neta, com psicólogo, terapeuta ocupacional, etc. e que ainda oferece oficinas
de arte.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Despedindo-me deles dois, várias coisas passaram pela minha
cabeça. A primeira é que dinheiro não compra tudo. A segunda foi: "Olha só, gente rica acredita em carma". A terceira, o questionamento
de porque eles têm tanto medo de perder o controle não deixando a menina solta...<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijagzAQvhESxzkbOI5KnTHaYoQBPm-PURz8Z-K1AwMZoyX3vBHO7khtq4JiQG0hID7DYPD83SefWNRaR58gojiOJPTSANyIlEBeQRWo8-WwGO10vLC9ixHJsVECAxSr4UvIrB3UFTszXiQMO0l7LSi9F-fej4CtMW5Rzh_EBwTcY7Ma78VSR_k-xD_U84/s949/e6ad3f00-62c7-431f-8b96-01200a7ac9dc.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="757" data-original-width="949" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijagzAQvhESxzkbOI5KnTHaYoQBPm-PURz8Z-K1AwMZoyX3vBHO7khtq4JiQG0hID7DYPD83SefWNRaR58gojiOJPTSANyIlEBeQRWo8-WwGO10vLC9ixHJsVECAxSr4UvIrB3UFTszXiQMO0l7LSi9F-fej4CtMW5Rzh_EBwTcY7Ma78VSR_k-xD_U84/s320/e6ad3f00-62c7-431f-8b96-01200a7ac9dc.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem de internet</td></tr></tbody></table><br /><p class="MsoNormal"><br /></p>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-84326114268614839352022-12-17T14:23:00.001-08:002022-12-17T14:24:05.296-08:00Ciclo e Reciclo com o Mímico Andarilho<p> </p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Foi no isolamento da pandemia que surgiu a ideia, quando observava
pelas grades do portão de casa gente de todo tipo vindo a pé, de bicicleta, de
moto ou até de carro popular com bancos detrás arrancados, catar o “lixo
reciclável” da minha rua para ser vendido em algum ferro velho próximo. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quando vi publicado um edital de audiovisual do fundo
municipal de São José dos Campos com orçamento bem baixo senti que era uma boa
oportunidade de realizar o projeto de produção de vídeo documentário, já que a
concorrência seria menor. Consegui uma parceria com a escola municipal de
ensino fundamental onde estudou meu filho e apoio de profissionais que
encararam o desafio mesmo ganhando pouco e me inscrevi. Depois comecei frequentar
a oficina de fotografia do Gustavo Fataki na casa de cultura “Eugênia da
Silva”, no Novo Horizonte, que fica num bairro bem distante do meu.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Com o “Ciclo e Reciclo com o Mímico Andarilho” passamos em
primeiro lugar no edital. Agora ia poder comprar a minha primeira câmera de
entrada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tudo foi difícil. Primeiro à compra da câmera, que devia ser
em parcelas a serem pagas com meus recebimentos mensais pelas minhas funções no
projeto. Contei com a generosidade do Gustavo que se dispôs a me dar
“assessoria técnica”, indo comigo nos lugares fazer os testes necessários,
tratando-se de um produto usado e do qual eu tinha total desconhecimento.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com câmera em mãos agora devia achar um
parceiro que me auxilia-se. Lembrei-me de Fernando Carvalho, que uns oito anos
atrás tinha fotografado minhas interações espontâneas na rua. Ele topou a
proposta. O seu conhecimento de elementos de fotografia ajudaram bastante nas
escolhas, tipo a compra do cartão de memória, a melhor lente a ser usada, etc.
Optamos por filmar com uma só câmera, em mãos, com microfone externo plugado à
mesma. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">O roteiro do vídeo foi tomando forma no percurso. Tínhamos um
esboço que incluía o processo do material reciclável por inteiro, mas
esbarramos com pessoas que tiram o seu sustento do ato de catar, então focamos
mais neles.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Entrevistar os catadores de rua é complicado já que não dá
para querer marcar um horário e local determinado. Como eles vivem o dia a dia,
tem que ser feito de forma espontânea, na hora. Sendo assim, até entender o
funcionamento levamos vários canos por diversos imprevistos. Isso, além das
complicações com a chuva ou com sol em excesso, já que a maioria das imagens foi
externa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Da metade para frente do processo saí sozinho de bicicleta
pelas ruas registrando imagens, às vezes com uma mão no guidão e a outra
segurando a câmera. Desse jeito achei no bairro Vila Maria à Lucia, catadora à
qual entrevistei. Noutro dia sai de noite flagrando cenas da cidade e do
cotidiano dos catadores. Filmei o trânsito em horário de pico e à multidão de
pessoas no calçadão do centro, aos sábados, assim como peguei imagens de
catadores que moram nas ruas. Entrevistei Seu José, meu vizinho que construiu
um pomar que é frequentado pelas pessoas que moram nos prédios que ficam enfrente
á APP - Área de Preservação Permanente - situada no bairro onde moro. Achei até
a plaquinha que fecha nossa história, colocada por algum vizinho local onde
está escrito “Repense – Re use – Recicle”...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Finalmente veio a parte mais trabalhosa, que é a da edição. É
ali onde a gente constrói à história. Portanto, para facilitar, a minha primeira
tarefa foi separar as imagens em casa, classificando-as em pastinhas de acordo
com as cenas. Depois, a segunda tarefa foi a de decupar as imagens, anotando o
trecho do registro que íamos utilizar, além da ordem, da criação do texto
quando foi preciso, da música, etc. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">A edição do vídeo foi realizada Junto ao meu amigo André
Pontes no estúdio dele, num processo que demorou longas jornadas de trabalho,
onde, além de tentar reduzir ao máximo os estouros de luz de registros feitos
por dois iniciantes na arte de filmar, criamos a trilha sonora, tudo feito de
forma artesanal.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>À ideia era que á
música tornasse à história pulsante, como forma de manter a atenção do nosso
público alvo que são às crianças e adolescentes, alunos de escolas da rede
pública de ensino da cidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">De acordo
com o André, à música é que dá o tom. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">“Pega uma cena de drama de cinema,
por exemplo, e tira á musica de fundo; ela vai perder o sentido”. <o:p></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfAEjyxLvAZ7u0PkGAXx-qjzI2doUq_ssiVyPdrOQwqCsMCj7LGCTVpyGfTnYl9B8PY8izukWD0dr-HMmG1QWiSEFCs20sfq_8ykV1hUa7EP6MP8RanIY9QXphdq3KL2qLkZRPRvLVrbC7Ev9RIBhFCY5tLZ-wC6aOj6M4P9-7u8sV6F1tfbYILCOr/s5184/IMG_9501.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2912" data-original-width="5184" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgfAEjyxLvAZ7u0PkGAXx-qjzI2doUq_ssiVyPdrOQwqCsMCj7LGCTVpyGfTnYl9B8PY8izukWD0dr-HMmG1QWiSEFCs20sfq_8ykV1hUa7EP6MP8RanIY9QXphdq3KL2qLkZRPRvLVrbC7Ev9RIBhFCY5tLZ-wC6aOj6M4P9-7u8sV6F1tfbYILCOr/w400-h225/IMG_9501.JPG" width="400" /></a></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></b><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Link do Vídeo Documentário na íntegra no Youtube:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><a href="https://youtu.be/lfP4r55m4uI"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">https://youtu.be/lfP4r55m4uI</span></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-10324145647922941782022-06-29T16:49:00.015-07:002022-06-30T16:01:20.340-07:00Teatro Popular de Rua, “Arte do Improviso”. <p> </p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Diálogo:<o:p></o:p></b></p>
<p class="MsoNormal">- Ensaiou Mestra Ceiça? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- Pensei na história, o que não deixa de ser um “ensaio”...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ensinamentos de cultura nordestina. Teatro popular, arte do
improviso, no melhor sentido da palavra.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A proposta é “Jogar” com o que há, desde o espaço físico
onde vai ser apresentada a história até às circunstâncias dadas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Cria-se o que não se possui, o que de certa forma é objeto
de nossa ansiedade e de nossa esperança, o que magicamente permite nos evadir
da dura realidade cotidiana. “É nisso que a arte se parece ao sonho”. (Ernesto
Sábato).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; margin-left: 0cm; margin-right: 7.55pt; margin-top: 0cm; margin: 0cm 7.55pt 0cm 0cm; mso-pagination: none; text-autospace: none;"><span lang="PT" style="color: #000009; font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; mso-ansi-language: PT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman";">O jogo: “uma atividade sem objetivos conscientes, um
estado de disponibilidade que escapa a toda intenção utilitária, livre e sem
regras (...) um estado de ruptura do ser individual ou social, no qual o único
que não se questiona é a arte”. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: PT-BR; mso-no-proof: yes;">(Texto extraído de matéria “</span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O
teatro de rua é teatro popular?”, de André Carreira Universidade do Estado de Fortalecendo
a autoestima: Santa Catarina).<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal">Apresentando tanto em comunidades carentes, como em “casas
do idoso”, em centros culturais, escola, ou em salas de espetáculos, sempre
acaba prevalecendo à linguagem do espontâneo, da interação, do teatro de rua.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A conclusão é que quando a pessoa se sente ouvida e
consegue interagir com as atividades que lhe são apresentadas a sua autoestima
fica fortalecida, o que a ajuda a sentir-se integrada ao grupo social ao qual
pertence. Nisso, tanto à obra quanto o artista passam a ser um meio...<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“Uma obra de arte é boa quando nasce da necessidade”.(João Maria Rilke em “Cartas a um jovem poeta”.).<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii5gH6dnu0VA9vqjD7b3Mt51QbcIrbsOe0Bi-mhpTMpdsZCOgghouK3VtZiwtXrMgaMZwz3v6LvxZW9GzyACs3fpkT4Dw0Fv3VcvnuRrLbi9cM1DDJ7zJQ5mJT8QVe0VeVtwanXvEqhESAMzWwO-gMkuACy_fIFpnWtphan9wOF0xBKUbpkAcUQdLh/s1280/WhatsApp%20Image%202022-06-20%20at%2013.15.19.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Apresentação em Bairro Lagoa Azul II, Jacareí SP - 19-06-2022" border="0" data-original-height="960" data-original-width="1280" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEii5gH6dnu0VA9vqjD7b3Mt51QbcIrbsOe0Bi-mhpTMpdsZCOgghouK3VtZiwtXrMgaMZwz3v6LvxZW9GzyACs3fpkT4Dw0Fv3VcvnuRrLbi9cM1DDJ7zJQ5mJT8QVe0VeVtwanXvEqhESAMzWwO-gMkuACy_fIFpnWtphan9wOF0xBKUbpkAcUQdLh/w400-h300/WhatsApp%20Image%202022-06-20%20at%2013.15.19.jpeg" title="Apresentação em Bairro Lagoa Azul II, Jacareí SP - 19-06-2022" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"><span style="font-size: x-small;"> </span><span style="font-size: xx-small;"> Apresentação </span></span><span style="font-size: xx-small;"><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;">Bairro Lagoa Azul II - </span><span style="font-family: "Times New Roman", "serif";"> pela FC Jacareí (19/06)</span></span><div><span style="font-family: "Times New Roman", serif;"><br /></span></div><div><span style="font-family: "Times New Roman", serif;">/Link vídeo "Sarau Poético Musical" em Casa do Idoso Sul - em São José dos Campos </span><a href="https://fb.watch/dZUOxDrJ9Q/">https://fb.watch/dZUOxDrJ9Q/</a></div><div><br /></div><div><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p><a href="https://www.facebook.com/MimicoAndarilho" style="font-family: Calibri, "sans-serif"; font-size: 11pt;">https://www.facebook.com/MimicoAndarilho</a></p><p class="MsoNormal">
<o:p></o:p></p><div><div><span style="font-family: "Times New Roman","serif"; line-height: 115%;"> </span><p></p></div></div></div>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-43500577166082036502022-05-14T16:47:00.004-07:002022-06-24T18:15:33.325-07:00Paraíba “Rio Bonito”<p> </p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";">"Sempre pensara em
ir<br />
caminho do mar.<br />
Para os bichos e rios<br />
nascer já é caminhar.<br />
Eu não sei o que os rios<br />
têm de homem do mar;<br />
sei que se sente o mesmo<br />
e exigente chamar..."<o:p></o:p></span></p>
<p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";">(Trecho do Poema
“O Rio” de João Cabral do Melo Neto)<o:p></o:p></span></p>
<p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";">No poema acima, o
autor fala de rio situado na região Nordeste. Claudio Luiz, no seu espetáculo,
“Paraíba, Rio Bonito”, faz referência ao nosso rio, o Paraíba do Sul, que surge
da confluência do rio Paraitinga com o rio Paraibuna e aqui atravessa à zona norte
da cidade de São José dos Campos.<o:p></o:p></span></p>
<p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";">O espetáculo é
muito inspirador e foi criado com à maior dificuldade, com certeza recebendo a
força de Nossa Senhora Aparecida, à qual traz estampada no fundo do chapéu
“Itajiba”, o personagem da peça. Cláudio acabou incorporando à hecatombe que
aconteceu na sua vida, quando teve que tratar de um câncer agressivo que
atingiu sua garganta e glândulas, mudando sua
aparência rotundamente. Na peça, ele encarna um senhorzinho caipira que vem
falar sobre preservação do meio ambiente para o público, tomando como exemplo o
rio Paraíba, valorizando as histórias contadas pelos mais velhos, o tempo da
roça e a cultura popular. Como apoio ele traz para cena “Itororó”, seu boneco
“burrinha”, com a qual<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>conversa de forma
carinhosa, como se fosse um animalzinho de estimação.<o:p></o:p></span></p>
<p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";">O trato “humano”
entre as pessoas, o cuidado como o rio e com a natureza em geral, a reciclagem
do lixo, à importância de se preservar a mata nativa e as nascentes, que ainda
resistem em várias regiões da cidade, etc. <o:p></o:p></span></p>
<p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";">Achei em Cláudio
Luiz um companheiro de batalha. Mais um errante andarilho sonhador...<o:p></o:p></span></p>
<p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";">"Sou viajante
calado,<br />
para ouvir histórias bom,<br />
a quem podeis falar<br />
sem que eu tente me interpor;<br />
junto de quem podeis<br />
pensar alto, falar só.<br />
Sempre em qualquer viagem<br />
o rio é o companheiro melhor..."<o:p></o:p></span></p>
<p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";">(Trecho do mesmo
poema do começo)</span></p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"> </span></p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijbyYfCYtgWuFl5pVOUkUw10udREdFlKnBGozvQWo1ngIpcJ-Uw8CXNrdiQtoqQ12LWBmKlrSKGQe7D2E9sqSpop9p1HDP9fPEDTe0goGmBwdUOF5l-Z30WRj1IvGa_lgO_k-tRIN6RQSMKdlUvH8WAu-aiJqbeN9I8ANV4O4CEWQdYQlvfcdRWi_E/s275/%C3%ADndice.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijbyYfCYtgWuFl5pVOUkUw10udREdFlKnBGozvQWo1ngIpcJ-Uw8CXNrdiQtoqQ12LWBmKlrSKGQe7D2E9sqSpop9p1HDP9fPEDTe0goGmBwdUOF5l-Z30WRj1IvGa_lgO_k-tRIN6RQSMKdlUvH8WAu-aiJqbeN9I8ANV4O4CEWQdYQlvfcdRWi_E/w400-h266/%C3%ADndice.jpg" width="400" /></a></span></div><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"> Foto de Paulo Amaral<br /> </span><p></p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"></span></p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"></span></p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"></span></p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"></span></p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"></span></p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"></span></p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"><o:p></o:p></span></p><p><span style="color: black; font-family: "Open Sans","serif";"><br /></span></p>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-5324112751449628002022-04-24T15:24:00.009-07:002022-04-26T07:15:43.948-07:00Relembrando bons momentos...<p>Quando olho para mim não me percebo. </p><p>Tenho tanto a mania de sentir</p><p>Que me extravio ás vezes ao sair</p><p>Das próprias sensações que eu recebo.</p><p><br /></p><p>O ar que respiro, este licor que bebo,</p><p>Pertencem ao meu modo de existir,</p><p>E eu nunca sei como hei de concluir</p><p>As sensações que a meu pesar concebo</p><p><br /></p><p>Nem nunca, propriamente reparei,</p><p>Se na verdade sinto o que sinto. Eu</p><p>Serei tal qual pareço em mim? Serei</p><p><br /></p><p>Tal qual me julgo verdadeiramente?</p><p>Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,</p><p>Nem sei bem se sou eu quem em mim sente.</p><p><br /></p><p>(Poesia de "Alvaro de Campos" - Fernando Pessoa).</p><p><br /></p><p>No finzinho da Pandemia, após dois anos de ausência, volto para Campos do Jordão para retomar o trabalho nas ruas. Ainda em período de transição, encontro vinte por cento das pessoas de máscara. Com certeza vários deles devem ter perdido algum conhecido o ente querido para o vírus. O lugar mudou muito e reflete claramente o Brasil de hoje, muita gente desempregada correndo atrás do pão de cada dia vendendo qualquer coisa para o público turista. Pessoas pobres de excursão de um dia indo gastar um pouquinho do pouco dinheiro que ganham para ficar andando sem sentido tirando fotos de tudo o que acham pelo caminho. Pessoas de classe média e classe média alta aglomeradas dentro de bares e restaurantes onde predomina o barulho e o álcool. Me pergunto, o que é que estou fazendo ali se sei que o meu trabalho não funciona na multidão?</p><p>Fiquei preso ao passado e a mim mesmo, cheio das boas lembranças do que outrora foi e hoje não é mais...</p><p>O que me restou do final de semana? Dores no corpo e a certeza de ter entregue o meu carinho para várias pessoas, especialmente crianças, que levaram consigo um sorriso no coração...</p><p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZpUu_Nmtb2W6tz8eTkVhTGufwsVqV_B8OoFc8rLC7PufeOZYJxCS472Se6Y5IcwQoFmMsm-ykFx1xryD8H4HSms3VcUj0Hwbg95Ko0cN3_1Wce-xEhA-jc5ciP28LW1G3PzITsDcj_llyYda9j0lDWl9sLxZydDnXWahiHWTaPeiqLCSLls9dcnYv/s275/images.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZpUu_Nmtb2W6tz8eTkVhTGufwsVqV_B8OoFc8rLC7PufeOZYJxCS472Se6Y5IcwQoFmMsm-ykFx1xryD8H4HSms3VcUj0Hwbg95Ko0cN3_1Wce-xEhA-jc5ciP28LW1G3PzITsDcj_llyYda9j0lDWl9sLxZydDnXWahiHWTaPeiqLCSLls9dcnYv/w320-h213/images.jpg" title="Campos do Jordão 2012" width="320" /></a></div> Campos do Jordão, 2012.<br /><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p><p><br /></p>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-54044821122582160222022-02-22T14:30:00.004-08:002022-02-26T14:01:39.784-08:00Através do olhar...<p><span style="font-family: trebuchet;"> <span style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">Foi no Sábado, 19 de fevereiro, no
belo Parque Vicentina Aranha, em São José dos Campos - SP.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: trebuchet;">Chamado via Fundação Cultural Cassiano
Ricardo para receber ao público que ia assistir uma exibição<b> </b>de Cinema ao ar Livre. Voltando a me
apresentar no meio do povo com a ilusão de que ia ser fácil, começo a
brincadeira simplesmente olhando para as crianças num jogo de odalisca,
utilizando a toalha da maquiagem como se fosse um véu. O que era para ser
engraçado logo se torna monótono. Chegar perto das pessoas para interagir sem a
expressão facial devido ao uso da máscara deixa a gestualidade limitada.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: trebuchet;">A verdade é que estamos castigados,
voltando aos poucos de um campo de batalha. Se o objetivo é ser espelho, então,
encarno o palhaço em final de pandemia. Não adianta querer apressar o tempo.
Melhor deixar acalmar os ânimos e dissipar as dores e incertezas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: trebuchet;">As conversas com as pessoas da
plateia, quebrando o protocolo, me tiram do meu lugar de “artista” para
entender o sentimento coletivo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: trebuchet;">De noite, assisto ao espetáculo de uns
colegas e, no debate final, ouço deles apreciações similares à minha sobre a
dificuldade com o uso da máscara, entre outras coisas. <o:p></o:p></span></p>
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: trebuchet;">Voltados para si
mesmos com a necessidade de extravasar. Aparentemente estamos desse jeito,
procurando novas formas de nos expressar e comunicar. No meu caso, estou
direcionando meu trabalho como “Mímico Andarilho”, unindo à literatura -através
da crônica -, o teatro - através da apresentação de espetáculo – e o audiovisual
– através do vídeo documentário.</span></span><div><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: trebuchet;"><br /></span></span></div><div><span style="line-height: 115%;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjJEQ4l8U7LXj28HEOrzLTrPMmJ7e7hM9hdk-3lzaFJbPAYCqsmbweCxTYzNBVLtnxQxuP81BbqWb1nClkV7pk60hAZlfAg2kz4vBO6YXrBdEqGLPojw3e2dnqOk90qqSJt2P8SUc1KdOB6HDn6fEK235r7xA4VO3HJoIlypMBJCbZn57HdyhirM4ZS=s1280" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjJEQ4l8U7LXj28HEOrzLTrPMmJ7e7hM9hdk-3lzaFJbPAYCqsmbweCxTYzNBVLtnxQxuP81BbqWb1nClkV7pk60hAZlfAg2kz4vBO6YXrBdEqGLPojw3e2dnqOk90qqSJt2P8SUc1KdOB6HDn6fEK235r7xA4VO3HJoIlypMBJCbZn57HdyhirM4ZS=w300-h400" width="300" /></a></div><br /><span style="font-family: trebuchet;">Link Site Parque Vicentina Aranha: <a href="/www.pqvicentinaaranha.org.br">/www.pqvicentinaaranha.org.br</a></span></span></div>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-20079362186531364942022-01-18T05:08:00.006-08:002022-02-22T14:37:28.089-08:00Revendo Hans Staden<p><br /></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">Depois de
quatro meses ausente desse blog, tomo como referência “As aventuras de Hans
Staden”, de Monteiro Lobato, para falar de como sinto o momento atual.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">Trechos de
história narrada por Dona Benta a Narizinho e Pedrinho:<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">- Os conquistadores do Novo Mundo,
tanto os portugueses como os espanhóis, eram mais ferozes que os próprios
selvagens. Um sentimento só os guiava: a cobiça, a ganância, a sede de
enriquecer, e para o conseguirem não vacilaram em destruir nações inteiras, como
os astecas no México ou os incas no Peru, povos cuja civilização já era bem
adiantada.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">- O direito dos portugueses era o
direito do mais forte. Os índios deixaram-se vencer e desse modo perderam a
terra que até então haviam possuído.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">- A história da humanidade é uma
pirataria que não tem fim. O mais forte, sempre que pode, depreda o mais fraco.
<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">- “A fabula do lobo e o cordeiro”
(falou Pedrinho).<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">Até hoje no
Brasil continua acontecendo esse fenômeno. Queimadas, desmatamento, assassinato
de indígenas e de militantes ambientalistas. Tudo pela lei da ganância em
detrimento da natureza. Assim acontecem as drásticas mudanças climáticas, as
catástrofes naturais e as pandemias ou “sindemias”, já que a falta de
planejamento demográfico das cidades favorece as aglomerações das pessoas mais
pobres, que muitas vezes tem que conviver com a falta de saneamento básico,
além da fome.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">O livro de
Monteiro Lobato mostra como Hans Staden se aproveita do respeito e temor
às divindades da natureza por parte dos indígenas para conseguir sobreviver sem
ser devorado pelos Tupinambás..<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">Hans concentrou-se e pediu a Deus
nesses termos: - “Ó tu, Deus onipotente, que auxilias os que te imploram,
mostra tua força a estes pagãos, por forma que eu sabia que estás comigo e eles
vejam que me ouviste”.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">Cada selvagem possuía o seu maracá e
o acomodava numa cabana especial, onde lhe dava de comer e o consultava sobre
tudo.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">Os franceses vinham todos os anos
trazer-lhes facas, machados, espelhos, pentes e tesouras, levando em troca
pau-brasil, algodão, penas e pimenta.<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">Os dois anos
sem ir “brincar” na rua me fizeram migrar para os editais. Encontrei no
audiovisual uma forma de poder exercer tanto a escrita como a atuação e a
experimentação da sonoplastia. Além do mais, o vídeo documentário casa perfeitamente
com a arte de rua no sentido de se dar com a realidade do cotidiano, do
inesperado. A gente vai criando com as imagens que vai colhendo no decorrer do
processo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">Com o
Projeto da minha autoria “A Arte da Palhaçaria”, financiado pelo Edital Festivais
e Mostras 2021, do Fundo Municipal de Cultura da cidade, que contou com a
equipe profissional da produtora Oversonic Music, acabei virando entrevistador
dos meus colegas de trabalho para desvendar a origem do palhaço de cada um e o
poder de transformação que ele exerceu nas suas vidas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">O meu espetáculo
“Milongas Sentimentais”, que explora elementos da cultura popular
latino-americana e suas raízes africana, indígena e europeia, teve sua primeira
crítica no último Festivale - Festival de Teatro da cidade de São José dos
Campos - numa apresentação híbrida, sendo a primeira com público desde o começo
da pandemia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: times; line-height: 115%;">Estou com
apresentações presenciais dos<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>meus
espetáculos marcadas para este mês de Janeiro, em que o avanço de uma variante
da Covid 19 junto com o brotar de um novo tipo de gripe nos deixa com uma certa
sensação de angústia provocada pela dúvida e a incerteza, assim como devia
sentir-se na época o alemão Hans Staden.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: times;">Perto de Hans estava um menino a roer
uma canela do maracajá. Esse espetáculo horrorizava ao alemão, que mandou o
pequeno a deitar fora daquilo. O menino não fez caso e continuou a roer o
osso...</span><o:p style="font-size: 12pt;"></o:p></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></b></p><p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"></b></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEijagsPME_7WZ2v9RyJCR-3kiC9aSZMHJg57F7MzHlhjQq5o5uqcdOokcazg0PiRJgisiz0w-A4wdsHc8FZxoNIxZwef0lRjpKdewDBD5SfbWtaCC1TvLPFSREg1hXj5Esqqw5L6I2vU3-6aO6gAKwaNS-ZDrXluK1VXJX7JXO-g7-mLwd_imsVMvWa=s248" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="203" data-original-width="248" height="327" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEijagsPME_7WZ2v9RyJCR-3kiC9aSZMHJg57F7MzHlhjQq5o5uqcdOokcazg0PiRJgisiz0w-A4wdsHc8FZxoNIxZwef0lRjpKdewDBD5SfbWtaCC1TvLPFSREg1hXj5Esqqw5L6I2vU3-6aO6gAKwaNS-ZDrXluK1VXJX7JXO-g7-mLwd_imsVMvWa=w400-h327" width="400" /></a></b></div><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><br /><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></b><p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Link de
Página de Projeto “A Arte da Palhaçaria”:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><a href="https://www.facebook.com/Projeto-A-Arte-da-Palha%C3%A7aria-105978891823107"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">https://www.facebook.com/Projeto-A-Arte-da-Palha%C3%A7aria-105978891823107</span></a><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Link de
Página da Companhia “Milongas Sentimentais” de Teatro Popular:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal">
<span face=""Calibri","sans-serif"" style="font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><a href="https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531"><span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531</span></a></span></p>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-57012045884876515212021-08-22T15:50:00.003-07:002021-08-22T16:20:39.205-07:00De Volta á Interação Presencial...<p> </p><p class="MsoNormal">Foi no dia 08 de Julho de 2021.</p><p class="MsoNormal">O condutor do carro é Alex, um rapaz negro que fica ouvindo seu fone de ouvido
enquanto eu faço perguntas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- Como
tem sido a pandemia para você? - Sempre realiza esse percurso? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- Em qual área você trabalha? <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aos poucos ele vai se envolvendo com nossa
conversa até deixar seu estúdio completamente de lado. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Responde: - Eu não parei, sou da linha de frente; trabalho
como enfermeiro numa unidade de saúde que atende pessoas com HIV na cidade
posterior a Mogi das Cruzes. Faço essa viagem direto e aproveito para estudar enquanto
dirijo. Tem sido bem difícil porque nossa função é dar conforto às pessoas que
sofrem preconceito, pelo geral colocando a mão nelas, acariciando-as. Só que
agora não pode...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Conto-lhe que sou mímico e estou indo realizar meu primeiro
trabalho de interação com público desde o começo da pandemia, falo do meu isolamento,
do home Office, dos perrengues dos primeiros meses, da força recebida de tanta
gente, da minha horta e de como era antes de tudo isso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ele fica entusiasmado com a ideia de plantar e me disse que
o futuro é esse ai, às pessoas juntando-se para fazer hortas comunitárias sem o
uso de agrotóxico. Também fez críticas ao governo dizendo que não adiantava
falar em imunidade de rebanho sem vacina. Deixou-me na frente da fábrica japonesa
onde eu ia realizar a apresentação sem cobrar pela carona de “Blablacar”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “É minha contribuição para seu chapéu virtual por levar alegria
para o povo que tanto precisa...”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A Brincadeira na fábrica foi muito legal. À máscara de
amarrar que eu arranjei funcionou perfeitamente com o sorriso desenhado com uma
caneta especial para tecidos por cima dos meus lábios. O público riu como se eu
estivesse “de cara limpa”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Na volta, outra carona do mesmo aplicativo com outra pessoa
negra; Fernanda, que por coincidência também trabalha num hospital, só que na
área de informática. Conversa vai, conversa vem e ela e ela acaba confessando que
ao ver tanta dor e sofrimento no seu serviço, a pandemia a fez refletir chegando a conclusão que o
nosso maior capital é a saúde. Contou-me histórias da sua avó, Falou em
memória, em ancestralidade, em “sentido da vida”. </p><p class="MsoNormal">Chegando a São José dos
Campos, deixou-me no ponto do ônibus. Puxei minha carteira para acertar o preço
combinado e ela pediu para guarda-la alegando que a carona já estava paga...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirsGB1Ao5cXdIWFX5HB_h7RYqD5f-9sXnSHY4zgcCFk2guciUbZ9fI_QgdrlYCt2IZZh4khUfa6bQQvBwupP0Y-sZqds921Q9x0zSmjru2ZsMkA-CMZnQWBvLeN8GNrRk6jpMM7xPBv1I/s1280/WhatsApp+Image+2021-07-09+at+10.45.24.jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="720" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirsGB1Ao5cXdIWFX5HB_h7RYqD5f-9sXnSHY4zgcCFk2guciUbZ9fI_QgdrlYCt2IZZh4khUfa6bQQvBwupP0Y-sZqds921Q9x0zSmjru2ZsMkA-CMZnQWBvLeN8GNrRk6jpMM7xPBv1I/w225-h400/WhatsApp+Image+2021-07-09+at+10.45.24.jpeg" width="225" /></a></div><o:p> </o:p>Louco de Felicidade...<p></p><p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-837316919129603562021-05-19T16:54:00.003-07:002021-05-19T16:55:05.135-07:00Vacinado!<p> </p><p class="MsoNormal">Finalmente, Vacinado!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quatorze meses se passaram desde que realizei a última
apresentação “presencial” e tenho mais é que agradecer por ter chegado até aqui
sem ter contraído essa doença que tem deixado rasto de dor e perda para tanta
gente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tenho a sorte de ter recebido o apoio tanto de amigos como
de instituições como a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que está dando
suporte para a classe artística da cidade em que moro, inclusive, pagando para
passar espetáculos já gravados de forma online na plataforma deles.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O novo desafio em tempos pandémicos tem sido lhe dar com um
novo tipo de formato de apresentação que se limita a tela de um notebook ou
celular.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Uma das vantagens da internet e a possibilidade de incluir a
participação pessoas que se encontram em diferentes lugares do mundo. Isso
aconteceu no mês de março, na VI Mostra de Mímica Contemporânea - Corpo Bienal
III, organizada pelo Núcleo Angatu da cidade de São Paulo, da qual tive a honra
de fazer parte como “Mímico-Palhaço” de rua.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Link da Mostra no Youtube: <a href="https://www.youtube.com/playlist?list=PLhI4fFvIefwkr9yXnu_LjavpiY0L9hhv_">https://www.youtube.com/playlist?list=PLhI4fFvIefwkr9yXnu_LjavpiY0L9hhv_</a>
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Enquanto à linguagem, a pandemia me trouxe a descoberta do
vídeo documentário como uma forma de manter vivo meu labor de intercomunicador
das ruas. Acabamos de estrear “De Bela Vista a Santana, Redescobrindo São José
com o Mímico Andarilho”, que é produto de contrapartida do Edital “Culturas
Populares e/ou Artes de Rua”, do Fundo Municipal de Cultura de São José dos
Campos, SP.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Link de vídeo documentário:<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=Ac_el1inpgA&t=67s">https://www.youtube.com/watch?v=Ac_el1inpgA&t=67s</a>
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O momento atual me trouxe também reencontros e novas
parcerias, como a do relato que segue a continuação...<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">“Uma vez estava passando pelo calçadão de Curitiba e minha
filha de três anos avistou um mímico que brincava com seu cachorrinho
imaginário. Ela me disse: - Mãe, a corda parece de verdade”. Essas foram às
palavras de Inecê, lembrando como me conheceu, acho que no ano de 1988, se não
me falha a memória. Na época eu era realmente “andarilho”. O certo é que o
tempo passou e muitas águas rolaram desde aquele primeiro encontro. Juro que
não a reconheci quando me achou <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>no facebook<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fala daqui, fala de lá e, segundo ela, a minha passagem na
cidade acabou gerando inquietude em várias pessoas que começaram sair “brincar”
nas ruas depois de ter conhecido meu trabalho. Hoje, Inecê tem uma companhia de
teatro Lambe Lambe que realiza periodicamente um festival de teatro de rua que
nesse ano, por causa da pandemia, está acontecendo de forma online. O certo que
ela acabou me convidando a participar do festival como “Mímico Andarilho”, num
encontro com o universo do teatro Lambe Lambe, apresentando um mini
documentário onde entrevisto Ana Piu, artista portuguesa radicada na cidade de
Campinas, SP<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A Bienal de Teatro Lambe Lambe acontece entre os dias 16 a
22 de Maio de 2021 pelas plataformas do Facebook e Youtube da Bienal.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Links:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.facebook.com/bienal.lambe">https://www.facebook.com/bienal.lambe</a>
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.youtube.com/results?search_query=bienal+de+teatro+lambe+lambe">https://www.youtube.com/results?search_query=bienal+de+teatro+lambe+lambe</a>
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIvMWf1t7DYiGZTQ0HOvyXk0kFDIy1Xf81O2-yS_wN3WOdmWEasGrsdTzIGbxvreK9Z2DJHYhddLGOKsKkqZdD9fiy4CrxvQ34MlNgZdMevkKGvExMqW_5IuFZcm2q5akkSuT0o_gAsgE/s1080/188073393_294198028853172_7387333114068680807_n.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1078" data-original-width="1080" height="399" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIvMWf1t7DYiGZTQ0HOvyXk0kFDIy1Xf81O2-yS_wN3WOdmWEasGrsdTzIGbxvreK9Z2DJHYhddLGOKsKkqZdD9fiy4CrxvQ34MlNgZdMevkKGvExMqW_5IuFZcm2q5akkSuT0o_gAsgE/w400-h399/188073393_294198028853172_7387333114068680807_n.jpg" width="400" /></a></div><o:p> </o:p><p></p><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-76388855547532347622020-12-22T15:33:00.011-08:002020-12-28T16:55:07.029-08:00À espera da Vacina...<p> Visto da rua o prédio não parecia tão grande. Ninguém daria nada por ele. É verdade que se viam as filas das janelas até o quarto andar. Talvez fosse a tinta desbotada que tirasse a impressão de enormidade. Parecia um velho sobrado como os outros, apertado na ladeira do Pelourinho, colonial, ostentando azulejos raros. Porém era imenso. Quatro andares, um sótão, um cortiço nos fundos, a venda do Fernandes na frente, e atrás do cortiço uma padaria árabe clandestina, cento e dezesseis quartos, mais de seiscentas pessoas. Um mundo, um mundo fétido, sem higiene e sem moral, com ratos, palavrões e gente. Operários, soldados, árabes de fala arrevesada, mascates, ladrões, prostitutas, costureiras, carregadores, gente de todas as cores, de todos os lugares, com todos os trajes, enchiam o sobrado. Bebiam cachaça na venda do Fernandes e cuspiam na escada, onde por vezes mijavam. Os únicos inquilinos gratuitos eram os ratos.</p><p>(Trecho do romance "Suor", de Jorge Amado, que retrata a vida nos cortiços de Salvador na década dos anos '30).</p><p>Já imaginou um lugar assim no meio de uma pandemia como a que estamos vivendo há tantos meses? Como as pessoas pobres conseguem se isolar tomando em conta a arquitetura das favelas, a falta de higiene e de saneamento básico?</p><p>Como você pode pedir aos trabalhadores que enfrentam ônibus ou trens lotados todos os dias para ir ao serviço que mantenham distanciamento social? </p><p>"O brasileiro pula no esgoto e não acontece nada", falas desse tipo e os piores exemplos dados pelo nosso presidente fizeram com que as pessoas simples encarassem a doença e a morte como fatos comuns. "Morrer tudo mundo vai mesmo..."</p><p>Sete cestas básicas, umas pequenas e outras enormes, ajuda financeira de amigos, bolsa de aulas de yoga, aux<span face="arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #4d5156;"><span style="font-size: x-small;">í</span></span>lio emergencial do governo promulgado pelo congresso nacional e apoio da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que faz a função de Secretaria de Cultura da cidade onde moro, São José dos Campos, SP. Uma leitura dramática e a apresentação dos meus espetáculos via internet. "Artista de rua online". Ter a sorte de morar sozinho e em casa ter um pedacinho de terra para plantar. Alimentar-se em grande parte da própria colheita.</p><p>Finalmente, a lei emergencial para trabalhadores da cultura Aldir Blanc, que chega em boa hora para dar suporte enquanto aguardamos a tão esperada vacina. Três semanas ensaiando o meu espetáculo, "Na Rua, as Peripécias do Mímico Andarilho", adaptado<span style="font-size: x-small;"> <span face="arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #202124;">à</span> </span>pandemia, que foi filmado num estúdio por causa do novo surto da doença. O importante é que conseguimos fazer um registro em que apresento um verdadeiro "andarilho". Um artista, morador de rua, isolado no seu habitat natural. Na história, concentrada em três metros de largura de palco, através do meu palhaço "mendigo", inspirado no personagem "Cabaça", do romance de Jorge Amado apresentado acima, tento expressar os fatos marcantes desse ano de 2020 que está se encerrando.</p><p>Cabaça mora debaixo da escada do cortiço a que se refere o romance e tem um ratinho de estimação. O personagem da peça não tem endereço fixo e, na trama, estabelece-se no cruzamento da "Rua da Tristeza" com a "Rua da Alegria". Ele tem como mascote um ratinho de corda que carrega no bolso do seu fraque.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrh53OSklG0g1V8SYXuL56wvow1sjZF2klWGfuRzUta37G3t46LbjPBU_JXxDgjoOf_TX9Bm-_6x_uCs91Dsp4l7lneN-H8FXcPweCWR_Zc10Z_mTqcZRWaArG6mQSg3PZBxzPYo7jDDA/s1290/MilongasSentimentais-ftAmarallPaullo-7.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="860" data-original-width="1290" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrh53OSklG0g1V8SYXuL56wvow1sjZF2klWGfuRzUta37G3t46LbjPBU_JXxDgjoOf_TX9Bm-_6x_uCs91Dsp4l7lneN-H8FXcPweCWR_Zc10Z_mTqcZRWaArG6mQSg3PZBxzPYo7jDDA/s320/MilongasSentimentais-ftAmarallPaullo-7.jpg" width="320" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">Foto de Paulo Amaral</div><br /><p></p><p><br /></p>Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-65787247410877275722020-05-26T15:32:00.002-07:002020-05-27T20:13:58.452-07:00Andarilho fica em casa<br />
<span style="font-family: inherit; font-weight: normal;">E agora, quando finalmente eu ia virar Mímico Andarilho, fui obrigado a ficar
em casa por causa da “Pandemoníaca”. Pan porque afeta o mundo todo e demoníaca pela
forma irresponsável como está sendo encarada pelo governo federal. Tristeza que
dá raiva e raiva que dá tristeza. Banalização da morte por motivos políticos e
econômicos. Não dá para deixar de reconhecer o esforço de governadores, prefeitos
e profissionais da saúde, que tentam fazer o melhor que podem num jogo de
desinformação articulado por quem está na presidência.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><o:p><span style="font-family: inherit;"><br /></span></o:p>
<o:p><span style="font-family: inherit;"> </span></o:p><span style="font-family: inherit;">Agora, fico em casa, mas depois eu vou, viro Andarilho como no começo, lá para meados
da década dos anos ’80, quando ia de cidade em cidade, apresentando meu teatro
mambembe. Vou carregando uma mínima quantidade de objetos, a mala do
espetáculo, o lampião com cruzamento de ruas, figurino, maquiagem e uns poucos
apetrechos de uso pessoal.</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Vou,
mas mantenho como porto entre minhas viagens, alugada, a casinha onde moro há mais de
onze anos, assim como à inscrição dos meus espetáculos nos editais da Fundação
Cultural, em São José dos Campos. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Curioso
tem sido como o meu trabalho na cidade turística de Campos do Jordão, onde
“brinco” há mais de duas décadas, foi deixando de rolar com a mudança de
infraestrutura até culminar nessa pandemia. A natureza tão revoltada como meu
ânimo ante a falta de sentido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Depois
eu vou...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Por
agora, enquanto fico em casa, o tempo passa tão depressa que fica difícil de
amarrar. Tantas coisas a serem feitas, estudar, treinar, ler, escrever e mexer
no meu quintal.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Vou
matutando, mexendo, remexendo; do barro aos versos do seu Manoel...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">- “Para
ser escravo da natureza o homem precisa de ser independente”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">- “Só
o silêncio faz rumor no voo das borboletas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">- “A
voz de um passarinho me recita”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">- “Lagartixas
piscam para as moscas antes de havê-las”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">- “Em
casa de pobre as mariposas preferem fremir peladas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">- “Cachorro
quando vê lesma gosmilha”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">- “Formiga
não tem dor nas costas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-family: inherit;">- “Dentro
da mata no entardecer o canto dos pássaros é sinfônico”.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;">Caderno de Andarilho - Manoel de Barros.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0qYv-BysEkFdJi4kTOAWUg-ACSPGmfwBkOkvDXkP1xaPYyMjHqf2RtiB4Ws23q_SEP86jKbmISOou_eYQA0V8cttzQJO16ZU96YdjGz0zlSa7KIAnDRmDd7xS_xyBSn0L8mOfOHh18eE/s1600/95950060_10216245771553846_8027435983806922752_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="206" data-original-width="206" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi0qYv-BysEkFdJi4kTOAWUg-ACSPGmfwBkOkvDXkP1xaPYyMjHqf2RtiB4Ws23q_SEP86jKbmISOou_eYQA0V8cttzQJO16ZU96YdjGz0zlSa7KIAnDRmDd7xS_xyBSn0L8mOfOHh18eE/s320/95950060_10216245771553846_8027435983806922752_o.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-13833629277066319582020-04-29T11:06:00.001-07:002020-05-26T15:21:13.014-07:00"O Apelo da Selva"<br />
<div class="MsoNormal">
Buck era um cachorro de grande porte que morava numa fazenda
de uma família de classe média alta, que o tratava como um rei, até que um dia
fora raptado e levado à força para puxar trenós na região gelada do Vale do Rio
Klondike, no Canadá, onde os homens se aventuravam à procura de ouro no final
do século XIX.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O certo é que Buck deixou o meio “civilizado” em que nasceu
e se criou para enfrentar todo tipo de adversidades num meio desconhecido.
Começava assim a sua luta pela sobrevivência, na qual teve que brigar para
ganhar o seu espaço, matar para não ser morto, ter atitude; impor. A sua vida
deu um giro de trezentos e sessenta graus e ele virou puro instinto. Nessa dura
aventura em terras geladas, passou pelos cuidados de vários donos, até
encontrar um homem que o tratava realmente com carinho. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas Buck ouvia o clamor da selva, que o chamava para si
através do uivado dos seus ancestrais, os lobos. E quando seu dono, último elo
civilizatório, veio falecer, ele se juntou aos seus pares, voltando às suas
origens. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p> </o:p> </div>
<div class="MsoNormal">
Li esse livro, que no Brasil tem tradução de Monteiro
Lobato, há um bom tempo, a pedido de um amigo “conselheiro” que vislumbrava a
minha busca como ser humano e artista.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Vem-me essa história à cabeça nesse momento inusual que
estamos passando. De repente tudo parou e fomos obrigados a ficar dentro de
casa, isolados uns dos outros. Vejo pessoas ficando desesperadas, com tédio,
sem saber o que fazer. O bom é que o fato de não poder sair nos obriga a olhar
para nós mesmos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O isolamento, a quarentena, leva-nos a fazer uma viagem
interna, a mergulharmos no nosso interior e nos deparamos com a nossa história.
Lembramo-nos da infância, das primeiras impressões que tivemos das coisas, as
sensações, os cheiros, os sabores...<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O universo mágico da brincadeira da criança. Nascemos puros
e livres de conceitos e aprendemos através da nossa experiência de troca com o
meio, influenciada pela educação que recebemos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em tempos de calamidade pública como este é que a gente se
questiona sobre temas tais como: “O que é que a gente realmente precisa para
viver?”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Estamos fazendo parte de uma história tirada de um livro de
ficção científica. A natureza se vingando dos maus tratos recebidos por parte do
ser humano, através de um vírus que foi gerado por ele próprio. O planeta
agradecendo pelo intervalo da máquina de produção e consumo. Rios e ar
despoluindo e animais tomando conta da “selva de cimento”, agora inabitada, em
tempos de isolamento.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A história de Jack London remete ao modo de vida dos povos
indígenas que constroem suas malocas e vivem do cultivo, da caça, da pesca e se
curam com o uso de plantas medicinais. Vale lembrar que várias doenças foram
levadas para as tribos indígenas isoladas por meio do homem “civilizado”.<o:p></o:p><br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No começo da revolução industrial, as coisas eram feitas
para durar. Hoje, apesar dos avanços tecnológicos, tudo virou descartável. O
Brasil, de industrial tornou-se importador e pouco produtor. Vivemos na era do
capital improdutivo, em que dinheiro gera dinheiro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quem sabe esse momento seja bom para pensarmos na
possibilidade de mudança tanto no plano individual como no coletivo. Quem sabe
essa crise sensibilize nossos governantes a investir em educação, em incentivo
à pesquisa, à ciência, tecnologia e produção industrial própria para termos
realmente “Ordem e Progresso” como nação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por enquanto, como simples artista de rua, fico com a
mensagem tirada do cachorro Buck, que se deixou levar pelo seu instinto e dever
comunitário.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitG77Kj-qzwNUdMFaD_ZHamd75xSAX7vP3HtcT6WJl9QMuWVBn1wiK4ScvZFCeSMPfQSeYczDmf0Wy7FbcOKmiPlPnS_KYZ2Q-64Pmg8MuYflB_UY2lmXj7bEYTtyJymn9GqDWG168G6k/s1600/94624214_2962466373842679_132430330115129344_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="816" data-original-width="449" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitG77Kj-qzwNUdMFaD_ZHamd75xSAX7vP3HtcT6WJl9QMuWVBn1wiK4ScvZFCeSMPfQSeYczDmf0Wy7FbcOKmiPlPnS_KYZ2Q-64Pmg8MuYflB_UY2lmXj7bEYTtyJymn9GqDWG168G6k/s400/94624214_2962466373842679_132430330115129344_n.jpg" width="218" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">APP - Altos da Vila Paiva - SJC - SP</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Link para baixar "O Apelo da Selva" PDF gratuito:<br />
<a href="http://ciml.250x.com/archive/literature/english/jack_london/portuguese/o_apelo_da_selva_jack_london.pdf">http://ciml.250x.com/archive/literature/english/jack_london/portuguese/o_apelo_da_selva_jack_london.pdf</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-89082544152526374372020-03-05T18:14:00.003-08:002020-03-06T12:04:58.249-08:00“Ingênuo”<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 11pt;">Entre a tristeza e a alegria, entre o medo e a fé, perambula meu sorriso
de palhaço. Vou para rua impulsionado por uma louca emoção infantil. Sou
ingênuo, acredito na bondade alheia...</span></div>
<div class="MsoBodyText">
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Encarar
o trabalho no sentido social onde, às vezes, é mais importante o diálogo com as
pessoas do que a estética propriamente dita. Se doar, assim como fez o Príncipe
Feliz do conto do Escritor Irlandês Oscar Wilde que é o personagem principal da história que apresentamos dentro do projeto “Dois Brincantes e o Príncipe Feliz na
Praça do Bairro” ao longo do segundo semestre de 2019, quando contamos com o
financiamento do Fundo Municipal de Cultura da cidade de São José dos Campos. O
teatro popular no Brasil sempre se caracterizou por refletir a realidade das
pessoas mais necessitadas. No meu caso não é só isso, já que quando vou para
rua com “a cara e a coragem” acabo levando essa linguagem simples, "ingênua, para
todas as camadas sociais. Ainda continuo me apresentando na cidade turística de
Campos do Jordão como há vinte e cinco anos atrás, mesmo sem apoio. O que me
faz continuar subindo a serra, como fiz no último feriado de carnaval, é a
convivência com as pessoas que frequentam a cidade e me conhecem desde longa data, com as
quais tenho um trato “humano”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 11pt;">Cito
o exemplo de uma menina de seis anos de idade, há qual “animei” seu aniversário
de um ano, que me surpreendeu com seu abraço ou o de um grupo de turistas da
cidade de Recife que há oito anos passa o carnaval em Campos e fica feliz
quando me vê. Um casal tira uma foto de lembrança comigo enquanto me pergunta
se sou italiano. A simpática garota novinha que trabalha na frente de um
restaurante recebendo os fregueses me disse em tom animador que quando estou
presente na rua é bem melhor, já que a arte, apesar de nem sempre ser
valorizada, é muito importante na vida das pessoas. Aliás, os funcionários dos
restaurantes em geral, na sua maioria jovens, me tratam com verdadeiro carinho.
O melhor momento do carnaval, sem duvida, foi no Domingo de manhã, quando
sentei no palco vazio da concha acústica da praça de Capivari caracterizado de
palhaço, na saída da missa, e tirei da minha pequena mala a estante e a pasta
com partituras, para tocar o repertório de música popular que pratico durante
horas na minha flauta transversal, acompanhado pelas bases de play back
amplificadas pela caixinha de som presa à minha cintura. No fim tinha uma
galera sentada ao meu lado, assistindo e batendo palmas a cada
música. A acústica do local envolve a praça inteira. O show acabou com um
dinheiro razoável na minha caneca de papelão e um casal de turistas que me
conhece há anos tirando foto comigo orgulhosos de saber que toco um
instrumento.</span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<span style="font-size: 11pt;">Coincidentemente
a última música que toquei foi o “Ingênuo”, cancão de autoria de Pixinguinha e Benedito Lacerda.</span><br />
<span style="font-size: 11pt;"><br /></span>
<span style="font-size: 11pt;">"Eu fui ingênuo porque acreditei no amor. Mas, pelo menos, jamais me entreguei à dor..."</span></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY9z_lTujIRy8lCySJVvYu-xW_jDASdv2ulSpfP-jXUHGj6gVvxBhyrgg1ec4Y6Wxcj4MwgK_9qL_oGayFP7Ft_I286tSfAvYwS_HQwiacZkt_pZQsl-Xm2omWsI5lkcClkDOZFIULGbA/s1600/1237814_421332081306828_553081051_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="266" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiY9z_lTujIRy8lCySJVvYu-xW_jDASdv2ulSpfP-jXUHGj6gVvxBhyrgg1ec4Y6Wxcj4MwgK_9qL_oGayFP7Ft_I286tSfAvYwS_HQwiacZkt_pZQsl-Xm2omWsI5lkcClkDOZFIULGbA/s400/1237814_421332081306828_553081051_n.jpg" width="265" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-54393136431178150382019-12-30T16:45:00.004-08:002020-01-03T17:11:18.143-08:00Mímico Andarilho<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: left;">
“Ah,
viver é tão desconfortável. Tudo aperta, o corpo exige, o espírito não para,
viver parece ter sono e não poder dormir – viver e incômodo.</div>
<div style="text-align: left;">
Não
se pode andar nu nem de corpo nem de espírito...”</div>
<div style="text-align: left;">
(Água
Viva – Clarice Lispector)</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
Escolhi
subir a serra para realizar meu trabalho de interação direta com público no
último final de semana do ano.</div>
<span style="background-color: white;"></span><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-size: 11pt;">Apesar de não estar
dando lucros faz tempo, a brincadeira livre nas ruas de Campos do Jordão
continua oferecendo momentos únicos de magia para algumas pessoas, pelo geral para as crianças e para mim. Lembro-me de umas cenas que aconteceram quando,
chegando de bicicleta na Praça do Capivari, me detive para conversar com
crianças pequenas. Vendo p</span><span style="font-size: 11pt;">assar um mini
carro conversível desses de brinquedo de aluguel com um senhor empurrando três
crianças me agacho e vejo que dentre elas duas são meninos japonesinhos. Falo
para um deles: - “Abre o olho”. Ao que o outro japonesinho responde: - “É que
tanto chineses como japoneses tem os olhos puxados”. Eu retruco dizendo:
"Eu sou japonês e não tenho olhos puxados".</span></span></div>
<span style="background-color: white;">
</span>
<br />
<div style="text-align: left;">
Depois, outro menino pequeno vem falar comigo com uma voz
super aguda e eu fico imitando-o dizendo: "Fala com voz normal!”. Ele
continua falando e eu, buzinando, comparo o som agudo da sua voz com o barulho
da buzina da minha bicicleta...</div>
<div style="text-align: left;">
<br />
Já na frente do badalado restaurante Baden Baden, uma outra
criança sentada a mesa junto com sua numerosa família fica fazendo caretas para
mim em tom de desafio, e eu, aceitando suas provocações, respondo a altura com
palhaçadas. Ela abre gargalhadas enormes enquanto da cotovelada na turma em
volta dizendo: “Olha o que ele faz...”.</div>
<span style="background-color: white;"></span><br />
<div style="text-align: left;">
<span style="background-color: white;">O melhor foi quando em determinado
momento, no meio da muvuca, me comuniquei com um menino das mesas com o olhar enquanto brincava de fazer de conta que meu movimento estava sendo conduzido ora pelo meu nariz de palhaço, ora pela minha mão
enluvada. Truques de mímico-palhaço...</span></div>
<span style="background-color: white;">
</span>
<br />
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<b style="background-color: white; text-align: left;"><b><span style="font-size: 11pt;">Espetáculo de viagem</span></b></b><b style="background-color: white;"></b><br />
<b style="background-color: white;">
</b>
<br />
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<b style="text-align: left;"><b><span style="font-size: 11.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">“Na
Rua, As Peripécias do Mímico Andarilho”.</span></b></b><b></b><br />
<b>
</b>
<br />
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
O
objetivo principal de 2020 que é o de ter uma estrutura para diferentes tipo de
espaço parece estar bem encaminhado. O ano está acabando e tenho conseguido
apresentar o espetáculo de um jeito formal no último dia 03 de dezembro como
fechamento das oficinas de circo pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São
José dos Campos e apresentarei no próximo dia 05 de Janeiro, como atividade de
férias, no Museu Felícia Leirner, em Campos do Jordão.</div>
<div style="text-align: left;">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
A
ideia é viajar para diferentes regiões do Brasil, a começar pelo estado de
Minas Gerais, visitando cidades menores, apresentando o espetáculo tanto de um
jeito formal em espaços fechados como indo “brincar” espontaneamente com o personagem nas ruas. Assim foi no começo do trabalho, lá para década dos anos
’80, quando viajava com uma estrutura simples que era apresentada tanto em
praças como dentro das escolas ou teatros.
Estou com um repertório de música popular com bases de play back de
qualidade que são tocados na minha caixinha de som amplificada que vai presa à
cintura. Tenho treinado tocar flauta em espaço aberto sem o uso do microfone.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnA30PrDCwy8mOGoDK55KipAmgt3CH2LsjWhcA9b7GKRlapgUv8IvtwbuGn85QPIdTEmT7ddEzJ-UnCwfVtbvrDDvmgPvfVmafWdXzcL70-zFsJn39fCrSuC6VHzJ-Vh8hwXmAPo7tMQw/s1600/14079909_1068169449942876_4707479209298271053_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnA30PrDCwy8mOGoDK55KipAmgt3CH2LsjWhcA9b7GKRlapgUv8IvtwbuGn85QPIdTEmT7ddEzJ-UnCwfVtbvrDDvmgPvfVmafWdXzcL70-zFsJn39fCrSuC6VHzJ-Vh8hwXmAPo7tMQw/s400/14079909_1068169449942876_4707479209298271053_n.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mímico Andarilho na Região Noroeste do estado de São Paulo pelo SESC</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-1238745384941484872019-11-26T15:15:00.004-08:002019-11-26T16:33:08.467-08:00De volta à Vila Maria...<div class="MsoBodyText">
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 10pt;">Sexto bairro a ser atendido pelo projeto
“Dois Brincantes e o Príncipe Feliz na Praça do bairro”, nessa semana estivemos
na Vila Maria e nos concentramos na Praça Nenê Cursino, local da apresentação
de nosso espetáculo. Lá fica a UBS, na qual fui atendido tantas vezes quando
fui morador do bairro, e o Centro Esportivo, assim como ainda sobrevive a banca
de jornal do Silvio e ele próprio, uns onze anos mais velho. Da última vez que
nos encontramos ele me ajudou a divulgar meu espetáculo pelo projeto "Show
na Praça" em 2008. Silvio tem alguns problemas de saúde como deficiência
auditiva. Aos gritos expus nosso projeto, e ele, por sua vez, como ha onze anos
atrás, se prontificou para apoiar a </span><span style="font-size: 10pt;">ideia</span><span style="font-size: 10pt;"> dizendo - “Isso ai tem que
acontecer todos os dias. Pena que aqui só dá bebum”. Também me contou que entre
as modificações que houve na praça, que hoje conta inclusive até com “academia
ao ar livre”, se arrepende de ter solicitado para a prefeitura a instalação de
um quiosque e banquinhos de cimento, já que isso provocou o ajuntamento de
pessoas em vulnerabilidade social...<o:p></o:p></span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 10pt;">Estamos em fase final do projeto,
restando apenas duas apresentações oficiais, contando com essa da Vila Maria, e
duas de “contra partida”, que faremos de graça, uma no centro, de noite, no
período natalino, em local em que se concentram vários moradores de rua da
cidade e a outra no litigioso bairro do banhado, para a população que resiste
em sair de lá.<o:p></o:p></span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 10pt;">Comunicar com sutileza. Distanciar-me
das pessoas para criar diálogo, em tempo de preconceito e intolerância. Tratar
os outros do mesmo jeito carinhoso que gosto de ser tratado. Isso é o que tenho experimentado...<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeNQREdtD7s6hsd0G-hqhGi2nSxdC9wgsVHGLGjFsd3LNN5ffAxu-FogXd2H6lBpo2sv6yjo8lUOrWkmrmLDlVFhSGNqJTG0LcZ1lUmzg91M6BJzllnst3rlaiPd_hspe-LO0eGApwbFI/s1600/78052315_2217598985206777_6454480485971132416_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="960" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeNQREdtD7s6hsd0G-hqhGi2nSxdC9wgsVHGLGjFsd3LNN5ffAxu-FogXd2H6lBpo2sv6yjo8lUOrWkmrmLDlVFhSGNqJTG0LcZ1lUmzg91M6BJzllnst3rlaiPd_hspe-LO0eGApwbFI/s320/78052315_2217598985206777_6454480485971132416_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A "Burrinha" que tantas vezes alegrou a população do bairro</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoBodyText">
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 10pt;">Para a realização do projeto já quase no
final do ano estamos tendo que enfrentar as dificuldades do clima com o sol
forte e a possibilidade de chuva devido à época. No caso da praça Nenê Cursino
especificamente também existe a adequação da apresentação aos espaços
reduzidos, à acomodação do público na hora da apresentação, o preconceito por
parte dos moradores do bairro devido aos </span><span style="font-size: 10pt;">frequentadores</span><span style="font-size: 10pt;"> da
praça, etc.</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div>
</div>
<span style="font-size: 12pt;">
<span style="font-size: 10pt;">Foram vários dias de
divulgação nas ruas e no comercio, dentro da escola junto aos alunos, no centro
esportivo e na UBS do bairro, em que conversei com as pessoas, colei cartazes,
realizei intervenções teatrais, entreguei flayers, etc.</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfq3iE6cioVQuTA0aSmWhtNfTEoTAnt-MqAiGpfZCEvN3PFV73Y59-4DSvcvNzy6yAmWAOaHiD1RxBmurhlO8gmsl9xoZLsbZZeLWhzduON7j9rr-Hy2Pj-S1fCdk16vQJLzwS8TFbzBw/s1600/77354787_2591903684414532_6166730828328992768_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="765" data-original-width="416" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjfq3iE6cioVQuTA0aSmWhtNfTEoTAnt-MqAiGpfZCEvN3PFV73Y59-4DSvcvNzy6yAmWAOaHiD1RxBmurhlO8gmsl9xoZLsbZZeLWhzduON7j9rr-Hy2Pj-S1fCdk16vQJLzwS8TFbzBw/s320/77354787_2591903684414532_6166730828328992768_n.jpg" width="174" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tocando chorinhos dentro das sala de aula da escola</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 12pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 10pt;">No dia da apresentação, marcada para
começar às 10:30 horas<o:p></o:p>, a
nossa equipe chegou na praça antes das 09:00 da manhã. Terminamos de montar o
cenário e André deixou o som ligado a partir das 09:30. Junto a Silvia
entregamos flayers para os transeuntes e anunciamos no microfone a atividade a
ser desenvolvida.</span><span style="font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 10pt;">Começamos o espetáculo de forma
expansiva na hora marcada, enquanto o público ia chegando ao local. As pessoas
foram se acomodando nos bancos do quiosque e na grama em volta. Teve carrinho
de pipoca e de picolé, de trabalhadores autônomos que foram convidados por
Silvio, para colorir o evento.<o:p></o:p></span></div>
<div>
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-size: 10pt;">Apesar da gente só ter conseguido reunir
um pouco mais de trinta pessoas, a apresentação fluiu naturalmente com o
público presente participando o tempo todo. No fim nos apresentamos, falamos
sobre o projeto e da importância da arte no cotidiano do bairro. Agradecemos os
apoiadores e, entre eles, especialmente ao Silvio, peça fundamental para o
êxito da nossa empreitada.<o:p></o:p></span></div>
<div>
</div>
<br />
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBZu3aVuXXo4jLUJ7JF8T4obQ8oARPmc2MR2GIkCN8puRiLraXrAYz3LQstoR2Tx-xLXMqGghUMq9bNiVZNfKgNZ4WBwLbVFtdEBR4ZP42R7tY1uRMuO7zOtQBUe3_0EHMLgRAeBZpNn8/s1600/78466245_549983908892192_8537632855386226688_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="910" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBZu3aVuXXo4jLUJ7JF8T4obQ8oARPmc2MR2GIkCN8puRiLraXrAYz3LQstoR2Tx-xLXMqGghUMq9bNiVZNfKgNZ4WBwLbVFtdEBR4ZP42R7tY1uRMuO7zOtQBUe3_0EHMLgRAeBZpNn8/s320/78466245_549983908892192_8537632855386226688_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Adequação aos espaço que a praça nos oferece</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlYmslBoPmWY24iTsmKiH5UZbkTlJkjx5WnYDT-bOOGn5oYpTcdgOVu-yifhYK-MFXEQFZKc-vqUOBpn00S26T-Pm4vWmPTcLsaawy11L10peggHHHTmZXtssmQcY0BrgAuIi7WYUf428/s1600/75241061_447170382889786_4029584131523346432_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="910" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlYmslBoPmWY24iTsmKiH5UZbkTlJkjx5WnYDT-bOOGn5oYpTcdgOVu-yifhYK-MFXEQFZKc-vqUOBpn00S26T-Pm4vWmPTcLsaawy11L10peggHHHTmZXtssmQcY0BrgAuIi7WYUf428/s320/75241061_447170382889786_4029584131523346432_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Apresentação "iluminada" de nosso espetáculo</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-53247875867001723222019-10-30T16:40:00.000-07:002019-11-02T07:51:26.467-07:00Teatro/Comunidade<div class="MsoNormal">
Paralelo a faculdade UNIP, do outro lado da estrada, pela
marginal da Dutra, por uma estreita rua chamada “Paraíso”, que fica escondida
no canto de um motel, subindo toda vida, da para chegar no bairro Rio Comprido.
Bairro este disputado pelos municípios de São José dos Campos e Jacareí, sem
que nenhum dos dois queira se fazer cargo do mesmo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Rio Comprido que é considerado bairro “irregular” por ser
uma ocupação, foi um dos escolhidos para fazer parte de nosso projeto “Dois
Brincantes e o Príncipe Feliz na Praça do Bairro” (Teatro/Comunidade), do Fundo
Municipal de Cultura da cidade de São José dos Campos, do qual sou proponente.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A atividade no bairro ocorreu em várias etapas. A primeira
vez cheguei de bicicleta para realizar o trabalho de reconhecimento de campo.
Apresentei-me para dois moradores que me deram as boas vindas apresentando me o
bairro.Cheguei no grande terreno baldio que fica no meio das casas e é chamado
de “campo de futebol” onde realizaremos nossa apresentação. Depois visitei a
escola municipal e dei uma sondada de leve nas ruelas escondidas do entorno.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na segunda vez conheci o “Geninho”, atual presidente da
associação do bairro, que ainda não tem sede própria e o seu vice, “Seu
Dantas”, que é dono de mercadinho. Eles ficaram de elaborar uma carta de
interesse para ser apresentada às autoridades competentes, para a qual se
comprometeram a mandar fazer carimbo e tudo para dar seriedade à coisa. Nessa
ocasião fui apresentado ao Danilo, morador duma das casas encostadas no campinho,
que veio ser peça fundamental para o sucesso de nosso evento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na terceira vez fui realizar uma intervenção teatral durante
a semana, convidando as pessoas a assistirem nosso espetáculo no Sábado.
Comecei pela escola, onde, acompanhado pela diretora, entrei nas salas de aula
tocando chorinhos na minha flauta transversal, acompanhando as bases da minha
caixinha de som amplificada de cintura. No mesmo dia, na parte da tarde, com o
apoio de Danilo, sai de bicicleta fazendo palhaçadas pelas ruas do bairro,
utilizando minha caixinha de som, tanto para executar uma alegre trilha de jazz
de rua quanto para falar ao microfone com os moradores.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Na quarta vez, já no final de semana, chegamos para realizar
o espetáculo com o grupo todo. André colocou sua camionetazinha de forma de poder
operar o som de dentro dela por causa da possível chuva. Seu Pedro deixou o
seu furgão, que é nosso transporte, no outro canto do terreno. Nos
estabelecemos debaixo da uma árvore que fica na frente de uma das casas encostadas na horta comunitária. Tivemos que recolher pedras de “nosso palco” e os bancos, emprestados pela diretora da escola para nossa platéia se
acomodar, foram equilibrados driblando os buracos do terreno. Apesar da nossa
pequena estrutura de som e cenário, foi difícil fazer participar os moradores.
Finalmente começamos nossa apresentação para uma pequena platéia Heterogenia,
formada por crianças e adultos. Foi servido cachorro quente e refrigerante para
as crianças, iniciativa da própria comunidade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Quando a peça chegou ao fim, nosso público bateu palmas para sim
mesmo, já que tudo mundo sentiu-se parte do evento.<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cabe ressaltar que a associação de bairro mandou fazer um
logo e nos entregou a carta que solicitamos em papel timbrado. </div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTbK0cT0SKpYTYvaeQoyckfS9N8SJsS_vWr6LG7L2lWsaalq_1etVklEsqSC5k7HU5-DnVLzbOndarmIgmAK3S11Nlmbd7F86vUToY8GioHKtHIrXEo7_ZUTmlMyvRZNkIg1ke6gZ7d-c/s1600/74788293_803103003477550_1151863151650668544_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="910" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTbK0cT0SKpYTYvaeQoyckfS9N8SJsS_vWr6LG7L2lWsaalq_1etVklEsqSC5k7HU5-DnVLzbOndarmIgmAK3S11Nlmbd7F86vUToY8GioHKtHIrXEo7_ZUTmlMyvRZNkIg1ke6gZ7d-c/s400/74788293_803103003477550_1151863151650668544_n.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Teatro Popular</td></tr>
</tbody></table>
<br /></div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-70156190584923322202019-09-17T17:37:00.003-07:002019-09-30T12:01:01.662-07:00"Milongas Sentimentais - Produções Artísticas”<div class="MsoNormal">
Não nego que dá uma certa tristeza o fato de não achar espaço para realizar o meu
vital trabalho de improviso nas ruas. A cidade vai se tornando mais hermética
com o crescimento populacional e a falta de oportunidades. Muita gente
desempregada correndo atrás do pão de cada dia, vendendo diferentes tipos de
produtos e muitos pedintes. A genuína arte popular, aquela que sobrevive da
colaboração espontânea do “povo”, fica ainda mais fragilizada em período de
crise. Antigamente eu “brincava” na noite de São José dos Campos alegrando as
pessoas que estavam sentadas em mesas de bares e restaurantes abertos para a calçada. Hoje em dia tudo ficou protegido por
vidraças. A vida detrás do vidro e da tela do celular...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nos parques públicos de São José as
atividades artísticas realizadas fazem parte de uma programação oficial. </div>
<div class="MsoNormal">
Em Campos Jordão, cidade na qual me apresento de
forma espontânea desde 1994, o centro turístico virou uma quermesse comercial
com a construção do calçadão, dificultando a interação com as pessoas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
Portanto me assumo “Micro Empreendedor Individual na área de
Produções Artísticas”, tendo como nome fantasia o da nossa companhia “Milongas
Sentimentais – Teatro Popular”, partindo, como o resto dos grupos de teatro, para à concorrência em editais, apresentando-me formalmente para instituições públicas e privadas. O bom é que tenho realizado parcerias bem
bacanas com o violonista Diogo Oliveira, com o Bonequeiro Charles Kray e com
Silvia Nery, minha antiga companheira de trabalho.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Atualmente estou na ativa com quatro espetáculos, três da
minha autoria, nos quais sou um pouco de tudo – ator, cenógrafo, produtor, etc.
- e outro no qual sou ator coadjuvante e sonoplasta. Todos eles trazem uma
mensagem positiva, o “Milongas Sentimentais” tenta aproximar a história e a
cultura dos países de Latino América, o “As Peripécias do Mímico Andarilho”
valoriza a importância de se preservar o meio ambiente e o contato “humano”.
“Dois Brincantes e o Príncipe Feliz” valoriza a labor do artista e o desapego material,
enquanto que “Histórias para Pias ou Crianças de Porte Pequeno” traz um pouco do universo da
cultura indígena brasileira.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
O meu personagem “Mímico Andarilho” tem servido como
“intercomunicador” na divulgação de nosso projeto desenvolvido graças ao apoio
do Fundo Municipal de Cultura da cidade de São José dos Campos, chamado “Dois
Brincantes e o Príncipe Feliz na Praça do Bairro” do qual sou proponente.<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwsCN44fvUOrSZroxmX-80LszBdRgntU5odLm0PjzPxDTPd-Xfc0_sXC-ilxXBIVhooMRxEUpqHOwxMHfosX7iicJrOKCO94xr5bJnKHsp77bNOnsQtjw98bqsUVPd_8gYzyueN7FKRSo/s1600/70225176_381140662561130_8296593999334998016_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="910" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwsCN44fvUOrSZroxmX-80LszBdRgntU5odLm0PjzPxDTPd-Xfc0_sXC-ilxXBIVhooMRxEUpqHOwxMHfosX7iicJrOKCO94xr5bJnKHsp77bNOnsQtjw98bqsUVPd_8gYzyueN7FKRSo/s400/70225176_381140662561130_8296593999334998016_n.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Dois Brincantes e o Príncipe Feliz" - Apresentação no Parque Ribeirão Vermelho S.J.C. SP </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIjjiNlYJk_eH8n8AWVej28GzvI9vjXbq74RLY0gZlnckMF5psnj90vArSco9ymUgFK4b0UdCt5GlCfTfBGreAdim_9tD_Ybyot5UJTe6LyrJEIXwDdG6Klh-cNvwfBCffiq48Yr0h7Bk/s1600/70610073_498998844165900_7997113853999579136_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="903" data-original-width="678" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIjjiNlYJk_eH8n8AWVej28GzvI9vjXbq74RLY0gZlnckMF5psnj90vArSco9ymUgFK4b0UdCt5GlCfTfBGreAdim_9tD_Ybyot5UJTe6LyrJEIXwDdG6Klh-cNvwfBCffiq48Yr0h7Bk/s400/70610073_498998844165900_7997113853999579136_n.jpg" width="300" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Formato Semi-Arena proposto pelo tipo de encenação</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: 12.8px;"><br /></span>Página da Companhia no Facebook: <a href="https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531/">https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531/</a><br />
<div>
<br /></div>
<div>
Nossos Espetáculos: <a href="http://mimicoandarilho.blogspot.com/p/espetaculos.html">http://mimicoandarilho.blogspot.com/p/espetaculos.html</a><br />
<div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
</div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-45582663104738005892019-09-01T19:16:00.000-07:002019-09-17T07:35:05.359-07:00"Teatro Popular", tema do Festivale 2019<div class="MsoNormal">
Esse ano o "Festivale", Festival Nacional de Teatro de São José dos Campos, do qual participo de alguma forma há uns quinze anos, homenageia o Teatro Popular. O que será popular? Para mim
sempre foi o fato de ir para rua estabelecer um contato direto com o povo, prevalecendo o improviso, o
inusitado. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nos encontramos num momento de desvalorização das artes em
geral, de questionamento do que se pode ou não falar, de enxugamento de gastos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os editais públicos são uma saída para
sobrevivência, por isso é que eles são concorridos por um número cada vez maior
de grupos e acabam prevalecendo aqueles que apresentam trabalhos de melhor
qualidade ou os que nas suas abordagens não comprometem as instituições.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A situação para mim tem ficado bem restrita, já que tenho
tido dificuldades para conseguir meu sustento no chapéu, de forma espontânea, como estou acostumado. Por isso, entre outras coisas, acabei tirando da gaveta o “Milongas Sentimentais”, que não apresentava a mais doze anos. O
“Milongas” faz um paralelo entre a história e a cultura Brasileira e Argentina
no contexto dos países de Latino-América. Para a nova versão atualizada do espetáculo
chamei o violonista Diogo Oliveira que executa a música ao vivo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tanto o “Milongas Sentimentais” como “Dois Brincantes e o Príncipe
Feliz” fazem parte da programação do festivale 2019. O primeiro como espetáculo
convidado e o segundo patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura da cidade,
fazendo parte do projeto “Dois Brincantes e o Príncipe Feliz na Praça do Bairro”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Programação completa do 34º Festivale:</div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://issuu.com/fccrsjc/docs/cata_logo_festivale2019_issuu">https://issuu.com/fccrsjc/docs/cata_logo_festivale2019_issuu</a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxNYIJVGh1kTEbbejn_i0f92Ugg51xYo6DboMVWdZARoqEhsr6o2tKpSXwP-oE2Zc0BOns6xnO0pjJk-FCjUFYpX0_YSLLd6XWC7uk9mUiHDWk1b6pOiqTrVDAP_FurZWMtf89iJJ-TA/s1600/0001.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1136" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWxNYIJVGh1kTEbbejn_i0f92Ugg51xYo6DboMVWdZARoqEhsr6o2tKpSXwP-oE2Zc0BOns6xnO0pjJk-FCjUFYpX0_YSLLd6XWC7uk9mUiHDWk1b6pOiqTrVDAP_FurZWMtf89iJJ-TA/s400/0001.jpg" width="283" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cartaz do Projeto "Dois Brincantes e o Príncipe Feliz na Praça do Bairro"<br />
Arte de Bianca Maeggi</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-75509696020090473852019-07-29T17:38:00.001-07:002019-08-04T18:26:09.446-07:00Da rua para o palco...<div class="MsoNormal">
De
repente, as luzes da platéia se apagam e o clima fica formal, artista de um
lado e público do outro. Cadê as pessoas com as quais costumo me comunicar nas
ruas? Estréia nunca é fácil. Apesar de ter sido apresentado por muito tempo, o velho espetáculo
se torna novo depois de doze anos de ausência.<br />
Falando em palco, existe a possibilidade de
improvisar com o público sem precisar interagir diretamente com ele, mas isso
requer muito ensaio e treino. O “Milongas Sentimentais” possui um cenário
volumoso, com uma quantidade respeitável de objetos, mas, oferece um bonito
visual de teatro popular. Para realiza-lo é preciso estar super antenado a um
monte de detalhes como à mímica, o texto e as gags de palhaço, somado à troca
de figurinos e cenários em cena para interpretar quatro personagens, à afinação
das músicas cantadas, etc. O importante é que a estrutura ficou pronta,
inclusive o final que precisou ser atualizado. A reestreia se deu no C.E,T. (Centro de Estudos Teatrais) da Fundação Cultural Cassiano Ricardo, em São José
dos Campos e contou com a participação especial do Violonista Diogo Oliveira que tocou a música ao vivo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNc2Fegmyv0cVtDZtoHgdqYS_pL17UFoapmTc4Bo7iqhDL9lVr5poZIlN3njgZ384nvXNQNEb9MwTXNKmfIn88eXZEMJtEtr5lkDo08CbUKeGJQT9HUD_mESOZQeN7jJCNv0MEniFHXdE/s1600/DSC02464.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="900" data-original-width="1600" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiNc2Fegmyv0cVtDZtoHgdqYS_pL17UFoapmTc4Bo7iqhDL9lVr5poZIlN3njgZ384nvXNQNEb9MwTXNKmfIn88eXZEMJtEtr5lkDo08CbUKeGJQT9HUD_mESOZQeN7jJCNv0MEniFHXdE/s400/DSC02464.JPG" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Espetáculo "Milongas Sentimentais"</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://issuu.com/fccrsjc/docs/programac_a_o_jul_2019_issuu">https://issuu.com/fccrsjc/docs/programac_a_o_jul_2019_issuu</a><br />
<br />
De
volta para as ruas de Campos do Jordão no final da temporada de inverno sou
mais uma vez um anônimo para muita gente e um velho conhecido para alguns,
depois de anos de convivência. Tenho resgatado vários registros de pessoas, como uma foto que foi tirada por uma criança de uns
doze anos de idade em novembro de 2018, que segundo os pais, tem vocação para fotógrafo..</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLpouuiGOo5rRpNlchC_hNQWpwZFZW2bBGzzH-AG3iLcg9_DYidcKV3mFOA7x7ktwdc9RtiQp-dmuLarcPfpNjN6ZWWFLhJ60dz5Ptq2IhC3o3xOLs2gI1ke8a0TrhTFTAeT0_SgEhaJo/s1600/thumbnail_IMG_7948.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="960" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLpouuiGOo5rRpNlchC_hNQWpwZFZW2bBGzzH-AG3iLcg9_DYidcKV3mFOA7x7ktwdc9RtiQp-dmuLarcPfpNjN6ZWWFLhJ60dz5Ptq2IhC3o3xOLs2gI1ke8a0TrhTFTAeT0_SgEhaJo/s400/thumbnail_IMG_7948.jpg" width="300" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto do menino "Lipe" nas ruas de Campos do Jordão</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br />
Milongas Sentimentais - Teatro Popular, Espetáculos:<br />
<a href="http://mimicoandarilho.blogspot.com/p/espetaculos.html">http://mimicoandarilho.blogspot.com/p/espetaculos.html</a><br />
<br />
Mímico Andarilho: Intervenções e Performances:<br />
<a href="http://mimicoandarilho.blogspot.com/p/intervencoes.html">http://mimicoandarilho.blogspot.com/p/intervencoes.html</a><br />
<br />
<br />
<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-50148348030282830442019-07-15T15:46:00.003-07:002019-11-02T07:56:47.437-07:00"Milongas Sentimentais - Teatro Popular"<div class="MsoNormal">
Chegando em Campos do Jordão depois de algum tempo de
ausência, vejo, para minha surpresa, que o antigo ponto de táxi, que com a
construção do calçadão, virou área coberta, servindo de ponto de encontro de trabalhadores de todo tipo, tanto do comércio local, quanto de artesãos,
vendedores de bugigangas, de bexigas ou de algodão doce; de catadores de
latinhas, de artistas de rua e de mendigos de toda espécie estava incrivelmente
limpo! Alguém tinha lavado o chão com água e sabão. Literalmente: “Passaram o
pano...”<br />
<br />
Vai ver que foi por causa da chegada da temporada de inverno, mas, a prefeitura mandou retirar a galera que trabalhava no calçadão.Junto com gente “nada a ver” foram atingidos no mesmo bolo
artistas como Henrrique, talentoso desenhista peruano que estava em sua
segunda temporada na cidade A situação nesse ano incomodou as autoridades e
comerciantes por causa do congestionamento de trabalhadores autônomos que
aproveitam o grande fluxo de turistas para tentar tirar o seu sustento.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nos finais de semana da temporada, pelas ruas do centro
turístico de Campos, circula um tipo de público heterogêneo em que se mistura
desde pessoas de classe media alta até pessoas
simples que vão passar o dia de excursão.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Apesar de trabalhar a vinte e cinco anos na cidade, a minha
atividade é permitida simplesmente porque não ocupa um espaço delimitado.
Então, fico de lá para cá procurando um cantinho na frente das mesas de algum
restaurante e brinco com quem tiver interesse, no meio da “muvuca”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Eu gosto do desafio de tentar conseguir dar certo num espaço
bem limitado. As pessoas questionam: - “Mas, quando tem muita gente, não é
melhor?”.</div>
<div class="MsoNormal">
Claro que não, para o diálogo acontecer tem que existir um
espaço de respiração.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Das poucas mesas dos bares que consigo conquistar com minha mímica interativa vem
elogios e perguntas tais como:</div>
<div class="MsoNormal">
- “De onde você saiu?”.</div>
<div class="MsoNormal">
A o que eu respondo:</div>
<div class="MsoNormal">
- “Sou um simples sobrevivente”</div>
<div class="MsoNormal">
Ai eu ouço:</div>
<div class="MsoNormal">
- “Alem de ser um sobrevivente, você é um sobrevivente que
vive de arte".</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ou então:</div>
<div class="MsoNormal">
- “Estamos precisando de pessoas como você, que nos tragam
alegria”.</div>
<div class="MsoNormal">
Ao que respondo:</div>
<div class="MsoNormal">
- “Tenho feito o melhor que posso”</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A máxima foi “Você é patrimônio da cidade...”.</div>
<div class="MsoNormal">
Caracas, não sabia que era tão importante assim...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em fim, Já atravessei várias crises com minhas intervenções
de rua em mais de três décadas de Brasil, mas a de agora é mais complicada, já
que esta além de econômica é de valores. Quando vou para rua a minha intenção
e estabelecer um trato humano, resgatando a ingenuidade, o lúdico, o diálogo e a
paz, independente à idade ou à condição social do público presente.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Com os espetáculos apresentados pela nossa companhia
acontece o mesmo, tentamos desenvolver temas que aproximem as pessoas.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje, como “Milongas Sentimentais - Teatro popular”,
realizamos três espetáculos de nosso repertório”:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->-<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]--><b>“Na Rua” ou “As Peripécias do Mímico Andarilho”.
Espetáculo de Mímica e Clown Interativo.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->-<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]--><b>“Dois Brincantes e o Príncipe Feliz” – Espetáculo de
Teatro Popular.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]-->-<span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal;">
</span><!--[endif]--><b>“Milongas Sentimentais” – Comédia de Teatro Popular.<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<b><br /></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF69iqeWU1mBy8YYfWnKBF4P_NPPr2QTK_XDkkMVmlwCi5tDfHHy3ZFzNEn3xSF69j0qYdRToZ2vbkccCrWT7_cPBOeVfXc5kvwMpRB0w2YOxeVknR-WrpEkNk2l0QWWiCLoc_9gs2i1M/s1600/39557528_1802253379865249_2964598981335711744_n+%25281%2529.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="373" data-original-width="280" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgF69iqeWU1mBy8YYfWnKBF4P_NPPr2QTK_XDkkMVmlwCi5tDfHHy3ZFzNEn3xSF69j0qYdRToZ2vbkccCrWT7_cPBOeVfXc5kvwMpRB0w2YOxeVknR-WrpEkNk2l0QWWiCLoc_9gs2i1M/s400/39557528_1802253379865249_2964598981335711744_n+%25281%2529.jpg" width="300" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Arte de Rua - Semana do Circo 2018 - FCCR - SJC SP<br />
<br />
<br />
<br />
<a href="https://mimicoandarilho.blogspot.com/p/espetaculos.html"><span style="font-size: small;">https://mimicoandarilho.blogspot.com/p/espetaculos.html</span></a><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531/">https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531/</a></span>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><br /></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 36.0pt; mso-list: l1 level1 lfo2; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;">
<b><br /></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-70678432684479250102019-04-23T17:29:00.002-07:002019-05-20T17:43:26.337-07:00Instituições apoiadoras da cultura. <div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Apesar
de sempre ter sido um crítico dos laços institucionais e durante muito tempo conseguido sobreviver de forma independente,
não deixo de reconhecer a importância que as instituições tem </span><span style="font-size: 9pt;">como apoiadoras
e incentivadoras tanto do meu trabalho como dos artistas da minha região em
geral.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Em
São José dos Campos, cidade onde moro, tenho crescido graças a projetos
desenvolvidos por instituições como a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, SESC
ou a hoje extinta Oficina Cultural Altino Bondesan, da Secretaria do Estado da
Cultura. Através delas tenho participado como aluno e também como ministrante
de diversas oficinas, assistido a espetáculos de qualidade e apresentado minhas
histórias e interações como mímico-palhaço. Através dos seus agentes culturais tenho sido chamado para desenvolver o que sei fazer melhor que é "brincar".</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Ainda
alimento o sonho de sair fazendo um tour mambembe, realizando percursos em
regiões diferentes do Brasil, como o fazia quando era jovem; me tornar
verdadeiramente um “mímico andarilho”. Hoje, tanto os meus colegas quanto eu
vivemos basicamente das verbas dos editais. Tudo é feito de um jeito formal. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Na
rua, exposto a tudo e a todos, está ficando difícil tirar o sustento no chapéu,
na atual conjuntura do país, com quatorze milhões de desempregados. Além do
mais, em Campos do Jordão, onde sempre me apresentei de forma espontânea,
criando um diálogo com o público turista, tenho perdido o meu espaço por uma
questão de falta de infraestrutura e de apoio, já que tudo virou meramente
comercial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">De forma “oficial”, em São José dos Campos, além de participar do Edital de "Circulação de apresentações artísticas" com meu espetáculo solo, tenho me apresentado na Semana do
Teatro, da Fundação Cultural, no último mês de Março, com “Dois
Brincantes e o Príncipe Feliz”, espetáculo da nossa companhia e com “Histórias
de Pia” (crianças de pequeno porte), uma nova empreitada, onde participo como
ator coadjuvante e músico de um divertidíssimo espetáculo de teatro de bonecos
da companhia de um amigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Também
comecei dar um curso de mímica e improvisação para o clown de dois meses de duração pelo SESC da cidade, dentro
de um projeto que atende jovens de 13 a 29 anos de idade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Quando
digo para os meus alunos que eu sou artista de rua de origem eles parecem não acreditar, como se fosse uma atividade em extinção. Apesar disso,
eles estão abertos a tudo, inclusive a ir para rua, se for o caso...</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 9.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Cito
aqui um trecho de “Cartas a um Jovem Poeta”, de João Maria Rilke, que li pela
primeira vez quando tinha 17 anos e que, apesar de falar da escrita, abrange as formas de expressão de arte em geral:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-size: 9pt;">“Volte-se
para sim mesmo. Investigue o motivo que o impele a escrever; comprove se ele
estende as raízes até o ponto mais profundo do seu coração, confesse a sim
mesmo se o senhor morreria caso fosse proibido de escrever. Sobretudo isto:
Pergunte a sim mesmo na hora mais silenciosa de sua madrugada, preciso
escrever? Desenterre de sim mesmo uma resposta profunda. E, se ela for
afirmativa, se o senhor for capaz de enfrentar essa pergunta grave com um forte
e simples “preciso”, então construa sua vida de acordo com tal necessidade”.</span><br />
<span style="font-size: 9pt;"><br /></span>
<span style="font-size: 9pt;">As instituições tem servido de suporte para nós artistas conseguirmos desenvolver nosso trabalho com um mínimo de dignidade.</span><br />
<span style="font-size: 9pt;"><br /></span>
<span style="font-size: 9pt;">Esse ano, com nossa companhia "Milongas Sentimentais" de Teatro Popular, contaremos com uma verba do Fundo Municipal de Cultura, já que fomos selecionados para desenvolver o projeto "Dois Brincantes e o Príncipe Feliz na Praça do Bairro" (Teatro/Comunidade), que vai abranger sete bairros de várias regiões da cidade.</span><br />
<span style="font-size: 9pt;"><br /></span>
<span style="font-size: 9pt;">Link Programação Semana do Teatro: <a href="https://issuu.com/fccrsjc/docs/cata_logo_semana_do_teatro_2019_iss">https://issuu.com/fccrsjc/docs/cata_logo_semana_do_teatro_2019_iss</a></span><br />
<br />
Link Programação SESC <a href="https://www.sescsp.org.br/programacao/186984_MIMICA">https://www.sescsp.org.br/programacao/186984_MIMICA</a><br />
<br />
link da Companhia: <a href="https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531/">https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531/</a><br />
<br />
Link da página do Mímico Andarilho <a href="https://www.facebook.com/MimicoAndarilho/">https://www.facebook.com/MimicoAndarilho/</a><br />
<br />
Link de vídeo de Mímico Andarilho <a href="https://www.youtube.com/watch?v=A6hWh0RAf0w&t=418s">https://www.youtube.com/watch?v=A6hWh0RAf0w&t=418s</a><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWeIxwME0w3l6MqYiH9W9IqYgAInb1xAhzJ7rigDMjskH2F0hbOtkCCYcQ0Bc88xg8zLzsbaq1c0VNNAgtResGUsc60pkllFVbALxXDH501DbKHM25QtQYctHJ-EPNoN5hFkYstRrv9qM/s1600/Screen+Shot+2016-01-26+at+3.31.55+PM.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="596" data-original-width="589" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWeIxwME0w3l6MqYiH9W9IqYgAInb1xAhzJ7rigDMjskH2F0hbOtkCCYcQ0Bc88xg8zLzsbaq1c0VNNAgtResGUsc60pkllFVbALxXDH501DbKHM25QtQYctHJ-EPNoN5hFkYstRrv9qM/s320/Screen+Shot+2016-01-26+at+3.31.55+PM.png" width="316" /></a></div>
<br />
<br />
<br />Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-57060301536905389362019-02-28T18:48:00.000-08:002019-03-05T04:24:29.480-08:00O Pierrô e o Arlequim<div class="MsoNormal">
O Carnaval está chegando finalmente, e esse é em Março, o
que acaba atrasando o funcionamento das coisas, já que no Brasil o ano começa
realmente depois do carnaval. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Resta-me ir mais uma vez batalhar meu sustento nas ruas em Campos
do Jordão, na base de rodar o chapéu para os turistas que frequentam a cidade,
consciente das dificuldades que vou encontrar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Redescobri os personagens da Commedia dell’arte Pierrô e Arlequim junto a
Colombina no livro “O Canto da Praça” de Ana Maria Machado e me senti
identificado com os dois.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O meu Arlequim tem mais êxito com o público das ruas porque
é mais para cima, alegre, festivo e otimista. Por sua vez, o meu Pierrô é mais
introspectivo, delicado, poético e romântico; detém-se para dialogar com uma
criança, toca uma música na sua flauta e esquece da necessidade do dinheiro; é mais sonhador e menos objetivo.</div>
<div class="MsoNormal">
Se prevalecer meu espírito de Pierrô até um cachorro vira
latas tentando pegar uma pomba ao voo chama mais a atenção do que eu. Se fosse
um bêbado me atrapalhando também chamaria...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Lembro das palavras de um amigo comerciante que me disse: “Ninguém vai te dar nada, você tem que fazer acontecer, fazer o povo rir”. É
bem isso, para dar certo você tem que se mostrar forte, ser “O Cara” , “ O Arlequim”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cito um trecho de uma palestra do Filósofo Leandro Karnal no
programa Café Filosófico da TV Cultura falando da vaidade: “Hoje em dia
instituímos a vaidade como virtude. A humildade não pega bem. Temos a
necessidade de ser únicos, especiais, fortes, onipresentes. A nossa vaidade não
permite mais a falha, não permite a tristeza, não permite a dor e o fracasso.
Hoje devo subir sem queda. É função dos pais estimularem o novo nome que é auto
estima. Eliminarem a dor, a depressão e o choro”. A melancolia não pega bem.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O Figurino do Arlequim é alegre, colorido. O do Pierrô,
branco e preto, igual às cores do meu personagem mímico-flautista.</div>
<div class="MsoNormal">
Um dia desses, depois de comentar com uma amiga que eu tinha errado umas notas tocando flauta nas ruas, obtive a
seguinte resposta: “As pessoas não percebem o erro; elas só querem
festa”. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-size: 12pt;">Acredito no equilíbrio entre o Arlequim e o Pierrô,
assim como acreditou a Colombina</span><br />
<br />
<br />
<span style="font-size: 12pt;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjib7-XKfaIn9JJzfk8pYrre5LE4oJbsXbcSoZrmykdToFoOGbnyKBYU8Sfy66OO8fWFRgCNe9FvDi07Eh26C4kNPl0b8WeKBYXnPcbZGsPZBDegxXOu1j06zYbloHeEtAGlpkevBe-hp8/s1600/12115822_850528805053818_4108115357469881239_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="720" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjib7-XKfaIn9JJzfk8pYrre5LE4oJbsXbcSoZrmykdToFoOGbnyKBYU8Sfy66OO8fWFRgCNe9FvDi07Eh26C4kNPl0b8WeKBYXnPcbZGsPZBDegxXOu1j06zYbloHeEtAGlpkevBe-hp8/s320/12115822_850528805053818_4108115357469881239_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto de Mel Braga</td></tr>
</tbody></table>
</span><br />
Link de Programa Café Filosófico: <a href="https://www.youtube.com/watch?v=NNUZrOORaiU">https://www.youtube.com/watch?v=NNUZrOORaiU</a><br />
<br />
Link da "Estante Virtual: <a href="https://www.estantevirtual.com.br/livros/ana-maria-machado/o-canto-da-praca/3234738727">https://www.estantevirtual.com.br/livros/ana-maria-machado/o-canto-da-praca/3234738727</a><br />
<div>
<br /></div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-59764113315104814602019-01-03T02:19:00.003-08:002019-02-08T15:12:27.472-08:00Com o olhar da criança<div class="MsoBodyText">
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Na
ingênua e doce figura da menina tudo combina em tons de rosa, o laço de fitas
no cabelo, seus sapatos, o ursinho de pelúcia que ela carrega no colo e até
suas olheiras, sintoma, talvez, de alguma alergia oftalmológica. O nome dela e
Jade, mas bem que poderia ser “Jade Rosada”. É ela quem nos recebe junto a sua
tia, responsável pela nossa apresentação no Auditório Cláudio Santoro, em
Campos do Jordão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Contratados
pela entidade que cuida o Museu Felícia Leirner, tudo se mostra imenso para nós,
assim como a realidade aos olhos de uma criança. O enorme elevador de carga
onde depositamos os objetos da peça, os altos muros de tijolo do auditório, o
iluminado teto abobadado que deixa aparecer à exuberante mata em volta através
das suas vidraças e até o enorme palco, por onde fiquei andando como beduíno no
deserto, enquanto as pessoas visitantes do espaço entravam e sentavam na
platéia, vendo a atividade preste a acontecer. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Apesar
de que o combinado era apresentar o espetáculo num canto do palco, colocando as
crianças sentadas no mesmo, formando um semicírculo em volta da gente, não teve
jeito; tivemos que apresentar da forma tradicional, ou seja, nos no palco e o
público, de todas as idades, nas poltronas do auditório. Colocamos os objetos
na frente, no meio do palco e, como a história começa com a nossa chegada e a
montagem do cenário na frente das pessoas, tudo se desenrolou naturalmente,
como se fosse na rua. Vindos de uma semana de trabalho intenso, onde tivemos a
oportunidade de mergulhar na trama, junto ao auxilio do diretor e dramaturgo
Dagoberto Feliz, patrocinados pelo projeto “Cidade em Cena” do SESC de São José
dos Campos, encaramos o desafio com o entusiasmo necessário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Para
mim foi um prazer incrível ter a oportunidade de me apresentar no palco daquele
templo onde acontece o Festival de Música no inverno, depois de quase vinte e
cinco anos nos quais venho realizando intervenções, de forma espontânea, nas
ruas do centro turístico de Campos do Jordão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Senti-me
criança, como Jade, que ficou ali, sentada na frente da gente, cúmplice da
nossa experiência.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Sem
dúvida, o texto que escrevi para “Dois Brincantes e o Príncipe Feliz”,
adaptação do conto original do escritor irlandês Oscar Wilde, reflete minha vivência em Campos e a visão que tenho sobre o contraste que existe entre as
pessoas pobres moradoras da cidade e o turismo de alto nível que movimenta sua
parte financeira. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">O
Príncipe Feliz da nossa história se desfaz das suas riquezas e as entrega aos
pobres para amenizar o sofrimento destes, assim como nós as entregamos ao
público presente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Na
mistura de tristeza e de alegria que a peça produz temos nos olhos arregalados
das crianças a resposta positiva que esperávamos no final da apresentação,
especialmente de Jade, a menina cor de rosa, que nos acompanha até o táxi que
nos leva de volta até a rodoviária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<br /></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">“Dois
Brincantes e o Príncipe Feliz”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Apresentação
realizada no dia 23 de Dezembro de 2018<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoBodyText">
<span style="font-size: 10.0pt; mso-bidi-font-size: 12.0pt;">Apoios
de Marcelo “Brasões de Família” e de Cine Clube Araucária.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-size: 10pt;">Realização.
“Museu Felícia Leirner - Campos do Jordão”.</span><br />
<span style="font-size: 10pt;"><br /></span>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRdiu3K2ezpdBJSYT1cAWT5uxFfnaJqChlth0r4xqn6eBb17gM-GWi22DeWtbOPS9qUsishMgDh0xnmM65M3VmoDwduDIqBwatxoyw4sv1njPDQRmVf1-A2sMfgyCZapGW_tNa0w51OMA/s1600/49199923_374264569824719_8109071054267219968_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="720" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRdiu3K2ezpdBJSYT1cAWT5uxFfnaJqChlth0r4xqn6eBb17gM-GWi22DeWtbOPS9qUsishMgDh0xnmM65M3VmoDwduDIqBwatxoyw4sv1njPDQRmVf1-A2sMfgyCZapGW_tNa0w51OMA/s400/49199923_374264569824719_8109071054267219968_n.jpg" width="300" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto: Ana Paula<br />
<br />
<br />
<a href="https://www.museufelicialeirner.org.br/"><span style="font-size: small;">https://www.museufelicialeirner.org.br/</span></a><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<a href="http://www.cineclubearaucaria.org/"><span style="font-size: small;">http://www.cineclubearaucaria.org/</span></a><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;"><a href="https://www.facebook.com/pages/category/Arts---Crafts-Store/Loja-dos-Bras%C3%B5es-de-Fam%C3%ADlias-559908360850261/">https://www.facebook.com/pages/category/Arts---Crafts-Store/Loja-dos-Bras%C3%B5es-de-Fam%C3%ADlias-559908360850261/</a></span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<span style="font-size: small;">559908360850261/<a href="https://issuu.com/sescsjcampos/docs/selecionados_especial_cidade_em_cen">https://issuu.com/sescsjcampos/docs/selecionados_especial_cidade_em_cen</a></span><br />
<br />
<a href="https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531/">https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531/</a></td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: 10pt;"><br /></span></div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7311128488342967354.post-30152970650850940772018-11-25T14:15:00.001-08:002018-11-26T03:40:51.087-08:00"Andarilho de bandeira branca"<div class="MsoNormal" style="background: white;">
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
"Você resgata um tipo de trato
brincalhão e carinhoso que as pessoas foram perdendo com o tempo. Hoje, elas
ficam ou brigando umas com as outras por causa de política ou então, cada uma
na sua, na frente da tela do smartfone”. Essas foram às palavras de um senhor
de classe média, logo apos assistir minha performance espontânea, na frente do
“Boteco” do Djalma, em Campos do Jordão, uma semana depois das últimas eleições
presidenciais. Essa apresentação foi bem especial e contou com a trilha sonora
dos meus amigos Elayne e Matheus que estavam executando o som ao vivo dentro do
boteco e com os quais sempre acabo tocando pandeiro, acompanhando o seu
repertório de forró.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
Como bom “Mímico andarilho”, desde
criança já gostava de sair andando sozinho pelas ruas, atravessando bairros,
descobrindo lugares e pessoas diferentes. </div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
Relato aqui a experiência que tive
nos dias anteriores as eleições, em São José dos Campos, cidade onde eu moro.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
No Sábado, na semana anterior das
eleições, fui realizar uma apresentação do meu espetáculo “As Peripécias do
Mímico Andarilho” pelo projeto "Circulacão", da Fundação Cultural
Cassiano Ricardo, na praça Afonso Pena, no centro da cidade. Estava preparado,
como de costume, para incorporar qualquer tipo de imprevisto à história, que
fui adaptando ao longo dos anos. Dessa vez “o fato” foi à segunda manifestação
das mulheres que reivindicavam o "ele não", na época. Entre uma
galerinha de gente jovem estavam alguns amigos meus da minha faixa etária.
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
O responsável da minha atividade
perante a Fundação pediu para me afastar do grupo e ficar interagindo
livremente com as pessoas, como o faço quando vou espontaneamente para as ruas,
num outro canto da praça, onde acontece uma feira de artesanato, já que não podia
ser associada à manifestação à instituição. Os artesãos adoraram a Idéia.
Eu pude observar o grupo de manifestantes ao longe, do lado de fora. </div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
Vi cinco bandeiras vermelhas que
vieram envolver o grupo. Ouvi deles um tipo de discurso antigo, panfletário.
Senti a rejeição dos populares que passavam pelo local em apoio ao outro
candidato. Para mim ficou bem claro, apesar de não concordar nenhum pouco com
as opiniões e as propostas do novo presidente, que a solução não está no
confronto e sim no dialogo.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
No Sábado posterior, um dia antes
das eleições, rolou uma manifestação da mesma natureza numa outra praça do
centro chamada "Do Sapo", esta, organizada por jovens militantes de
esquerda junto aos artistas locais e, da qual, fui convidado a atuar como
representante dos artistas de rua da cidade.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
Cheguei no local na hora marcada e
vi alguns grupos partidários. A cor tinha mudado do vermelho para o roxo, mas,
eu senti o mesmo tom "abanderado" da outra vez. Quando o discurso
passa a ser dogmático até a cor verde e amarela perde o sentido.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
Vendo tudo aquilo, dei meia volta
em sinal de retirada, mas, acabei voltando para praça. </div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
Estacionei minha bicicleta do lado
da fonte onde quatro sapos ficam cuspindo água pela boca, me caracterizei ai mesmo na frente do público e hasteei
minha bandeira Branca da paz e do dialogo, amarrando-a ao guidão da
magrela. </div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
Percebi que o grupo de
manifestantes era bem heterogêneo, inclusive, havendo várias famílias no
encontro. Interagi no meio da moçada como o faço de costume na rua. Com
movimentos rápidos fiz de conta que ia mergulhar na fonte dos Sapos. Depois
peguei a garrafinha da bicicleta e brinquei, jogando pingos de água nas pessoas
em volta. Uma menininha de dois anos de idade aceitou minha água para beber e a
gente descobriu que ela estava realmente com sede; a toda hora vinha pedir
mais água. Peguei meu mini banquinho na bike e fui sentar do lado da galera que
assistia ao show de rock que rolava num palco improvisado. Depois levantei e
fui para o outro lado da fonte. Apareceu um menino de uns sete anos de idade que
me fez correr várias vezes detrás dele pela praça toda até juntos cansarmos e
perdermos o medo. Na seqüência apresentei um número de mímica interativo onde
as pessoas pulavam uma corda imaginária ao som de rock. No fim toquei chorinhos
na minha flauta transversal para os vários grupos espalhados no local.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
Voltei para casa vestindo o
personagem, pedalando minha bicicleta por ruas e avenidas, atravessando
bairros. A trilha sonora do percurso, executada desde minha caixinha de som
pressa à cintura, foi do maravilhoso jazz chapliniano do músico belga Django
Reinhardt.</div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">
Empolgados, os transeuntes
partidários do atual presidente eleito, gritavam palavras de ordem para mim,
mas, sem a mínima agressão, já que tratava-se da figura de um palhaço de bandeira branca.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXcez8JkQaGDcAqc6_UZkqaNn0qbqQMQzzn3JmbcsY74GfSX9u2wsLNCmasi1UjTo40XBo0bSmt-cOhwtqhYXS5nXlaXuTlLglsSP38Df-l1Ho1UVMdXRPZg_RpgEZvvGLdLG51g_lnPI/s1600/44959264_270329646954518_583632677672845312_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="894" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXcez8JkQaGDcAqc6_UZkqaNn0qbqQMQzzn3JmbcsY74GfSX9u2wsLNCmasi1UjTo40XBo0bSmt-cOhwtqhYXS5nXlaXuTlLglsSP38Df-l1Ho1UVMdXRPZg_RpgEZvvGLdLG51g_lnPI/s400/44959264_270329646954518_583632677672845312_n.jpg" width="222" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Chegando em casa". Foto tirada de um celular por Karol Reis</td></tr>
</tbody></table>
Link do som do Jazzista Django
Reinhardt <a href="https://www.youtube.com/watch?v=3WHQ0twHQgo">https://www.youtube.com/watch?v=3WHQ0twHQgo</a></div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<o:p></o:p></div>
<div style="background: white;">
</div>
<div style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Mímico Andarilhohttp://www.blogger.com/profile/15442991746247011149noreply@blogger.com0