Ter conhecido meu patrício Alejandro me vez entender à
importância de se cultivar as raízes. Quando fico ouvindo-o tocar e cantar
tangos e músicas regionais da Argentina, que ele interpreta com toda seriedade e
sentimento, lembro-me da “Academia do Lunfardo”, que é o gíria Portenho, e do
material que eu fui recolhendo nas minhas viagens a Buenos Aires para montar o
espetáculo “Milongas Sentimentais”. “É um pensamento triste que se baila...”
Diz o escritor Ernesto Sábato, no seu livro sobre Sociologia do Tango. "A pessoa
dança com a outra, mas ensimesmado com seu próprio eu..."
Eu vejo similitude nos cortiços de Salvador, Bahia, dos
livros de Jorge Amado da década do ’30 com os de Buenos Aires.
Apesar dos “milongueiros” não aceitarem, o tango, que tem parte
da sua origem na “Havanera”, tem certa relação com a África, inclusive até no seu
próprio nome.
Cultura Popular no Brasil é, por exemplo, a festa do “Bumba
meu Boi” representando o ciclo da vida, onde o boi nasce, é batizado e depois
morre para voltar a renascer...
Na quinta feira 06 de Junho tive a oportunidade de me
apresentar na rua como eu mais gosto, junto a uma turma de músicos brasileiros,
que me fez lembrar quando brincava de “Burrinha” no folguedo de Bumba meu Boi
junto ao mestre Maranhense Tião Carvalho e seu grupo “Cupuaçu”, no “Morro do
Querosene”, da região do Butantã, na cidade de São Paulo. A “Burrinha” é um
personagem de responsabilidade, já que é quem encabeça o batalhão. Brincar nos
bairros das Periferias de São Luis do Maranhão é como fazê-lo em qualquer outro
bairro pobre de qualquer cidade do Brasil ou de outro pais dessa nossa
“Latino-América”...
Charanga "Aguapé", do Cesar Pope, fazendo a divulgação da Semana do Meio Ambiente , em São José dos Campos, SP |
Sambas, Marchinhas, Xote e Baião e a “Burrinha” brincando
livremente na rua com o povo, num cortejo que percorreu – ida e volta - o
calçadão de São José dos Campos, SP, começando na “Praça do Sapo” e terminando
no Terminal de ônibus urbano.
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