quarta-feira, 22 de abril de 2015

Chegar perto...

Consegui um pequeno apoio em Campos do Jordão no aniversário de trinta anos do Shopping Boulevard Geneve, o que me permite trabalhar mais tranqüilo, sem ter que depender tanto do chapéu...

Conto também a ajuda dos meus amigos do restaurante “Cacerola”, que me acolhem na cidade já faz algum tempo.

Chegar perto, tentar entender o outro, dialogar. Na rua, um terreno árido onde aparentemente se dá melhor quem é mais experto. A rua não é diferente dos outros meios, com certeza, digamos que é o mais evidente...

Estando “Na rua”, ficando com meu clown “exposto”, a minha tarefa consiste em “Brincar”. Pode parecer simples, mas requer de uma grande disposição e energia, especialmente quando se está no meio da multidão. Como em todo diálogo, a interação flui melhor quando há uma certa distancia que facilite a ação e a resposta da plateia. As crianças continuam sendo as mais espontâneas. O mais legal é o papo com as pessoas no meio das brincadeiras, como por exemplo, o que tive com um senhor em que, ao eu imitar sua barriga na rua, ele me perguntou se eu também tinha hérnia. Eu respondi que eu não via a sua hérnia e sim sua barriga (rs).

Horas mais tarde, continuando nossa conversa, fiquei sabendo que o senhor de quase setenta anos era médico cirurgião e que sua maior preocupação era ter que operar da tal hérnia, já que conhecia perfeitamente o risco de uma possível cirurgia...


Foto de Tadeu Sales (Feriadão do 21 de Abril em Campos do Jordão)

terça-feira, 7 de abril de 2015

Apresentação no Centro da Juventude, em homenagem ao Circo

Imaginem um palhaço, que vive da interação, ter que apresentar num Domingo de manhã seu espetáculo com enredo crítico para um público de crianças pequenas sentadas em puffs, acompanhadas dos seus pais que acabaram de acordar...

O lugar da apresentação é realmente muito bonito e a reação das pessoas bem escassa.
Ainda a atividade, que foi realizada no Centro da Juventude, em São José dos Campos, foi anunciada como “Show de mímica”, quando em realidade tratava-se do meu espetáculo chamado “Na Rua”, onde o personagem, a pesar de ser mímico, tem vestes de mendigo.

"Pic nic da leitura"

Em fim, os dias nem sempre são tão brilhantes para a gente. Por sorte eu sou artista de rua, portanto, minha especialidade é sair do protocolo, é foi assim que aconteceu mais uma vez.

Então, mudei o esquema e o ritmo estabelecido. Catei minha “burrinha” e fui para o meio da galera, fiz o pessoal levantar e pular corda imaginária. Em fim, dei um giro de noventa graus e terminei a história para cima, que é disso que se trata. Especialmente quando era eu quem estava fechando a programação do mês em homenagem ao circo...

O raia o sol, suspende a lua. Olha o palhaço no meio da rua...

O show não pode parar...