domingo, 16 de fevereiro de 2014

"A arte imita a loucura"...

Dizem que a arte é a loucura tem uma estreita relação. “Os loucos de verdade” são medicados, ficando num estado de calma moderada, cada um no seu canto, se relacionando com o meio de forma secundária.
É não é que acabei retomando o espetáculo “Na Rua” na sua essência, me apresentando para um público desse tipo. Moradores de casas de referência de saúde mental, espalhadas na cidade de São José dos Campos.
A apresentação foi feita na praça do bairro onde fica uma das casas, logo ali, enfrente da casa onde eu morei durante cinco anos, no bairro chamado “Bela Vista”, enfrente a antiga estação de trem. Nessa praça, por exemplo, foi que ensinei meu filho a andar de bicicleta.
Lembro-me também de tantas noites nas quais sai para rua, caracterizado, e fui “brincar” de palhaço, nos bares que ficam enfrente a praça.
Na apresentação com os “loucos”, me senti mais um deles. Tinha um que usava um radinho de pilha que nem meu personagem, tendo como antena um palito de fósforos. O radinho não funcionava, mas ele ficava ouvindo mesmo assim. Teve um momento mágico em que imitei todos eles e alguns deles me imitaram também.



Tarde ensolarada na praça, no dia da apresentação...



Em fim, foi uma “loucura”. Quem sabe um dia desses não encontre um deles na rua, de cara branca, querendo concorrer comigo...