Marcamos a estreia do espetáculo “Do Príncipe Feliz” para
Novembro. Temos três meses para preparar-nos, terminar o roteiro, o cenário, os
bonecos, ensaiar, etc. Sabemos que a história que já existe dentro de nossos
corações vai tornar-se real a partir de começar a apresentá-la. Depois da antiga parceria com Silvia Nery, que acabou em 2004, é minha primeira experiência
de um trabalho junto com outra pessoa. Vivian Rau parece ser a companheira
ideal, já que é “Mamulengueira”, por tanto, artista popular que nem eu. Para
mim está sendo uma oportunidade de aprender dramaturgia, já que estou
escrevendo o roteiro, baseado na obra de Oscar Wilde.
A forma como está sendo o
processo de criação também é uma novidade, já que é lento e de forma maturada.
No tempo do homem da roça, ruminando que nem boi, vamos nós,
devagar, mas, em frente.
Nos finais de semanas continuo apresentando-me nas ruas de
Campos do Jordão, aonde vou a improvisar, solto, com meu doido “cavalinho de
pau”, fazendo intervenções, na base de rodar o chapéu para os turistas.
Em São José dos Campos, pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo, realizo uma oficina de Mímica e Improvisação para o Clown, dentro da entidade e também desenvolvo um trabalho no Centro de
Convivência dos moradores de rua da cidade, onde sou chamado por eles de
“Professor de Música”, já que o que tem funcionado melhor é a batucada, para a
qual carrego nos alforjes da minha bicicleta todos os instrumentos de percussão
que possuo, além da flauta, a estante de partituras, etc. Com eles estamos
também construindo um “Boi Tatá”, que é uma grande cobra de fogo protetora da
natureza, baseado numa lenda do folclore brasileiro.
Portão do Centro de Convivência "POP" II, Em São José dos Campos SP |
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