Lendo “Esperando Godot” de Samuel Beckett, me surge a imagem
dos personagens do cinema mudo e do meu próprio personagem nas ruas. Um
errante, um perdido, alguém que caiu de paraquedas não se sabe bem de onde. O
certo é que tenho sobrevivido dessa atividade há tanto tempo e ainda sobrevivo.
Só preciso do espaço adequado para a “brincadeira” é de um bom estado de ânimo
que tudo se resolve para mim em matéria econômica. Ao menos consigo pagar as
minhas contas. Aparentemente as bancas que selecionam espetáculos em diferentes
Editais não dão tanto valor assim a atividade do improvisador de rua, já que
tenho tido certa dificuldade em encaixar meus projetos. O conceito que eles mais falam é o de “Excelência Artística”, o que me leva a entender que apesar da contemporaneidade da nossa
época, ainda prevalece o lado mais conservador de um formato fechado, com
começo, meio e fim. De acordo com amigos eu devia vender o que faço de melhor
que é a interação com o público. Assim tenho participado de vários projetos com
meu “Mímico Andarilho” e participarei a partir dessa sexta feira dia 05 de
Setembro da edição Número 29 do FESTIVALE, Festival Nacional de Teatro do Vale
do Paraíba, realizado pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo, na cidade onde
moro, São José dos Campos. Minha atividade chamada “Salve o Brincante” consiste
em percorrer diferentes bairros da cidade brincando com as pessoas nas ruas
enquanto divulgo o festival.
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Lá vamos nós... |
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