Apresentação de Personagem "Santos Dumont", na FLIM (Feira de Literatura e Música) 2018, realizada no Parque Vicentina Aranha, nos dias 15 e 16 de Setembro, para o Instituto EMBRAER..
Para a construção da personagem, feita ás pressas, em dois dias de labuta,
li sobre a vida e a obra de Santos Dumont, tentando deduzir rasgos da sua
personalidade que eu pudesse interpretar. Para a caracterização contei com a
colaboração de várias pessoas. Um amigo que já tinha representado o pai da
aviação há vários anos atrás, me emprestou um terno que ficou do meu tamanho.
Depois, um outro amigo, construiu o chapéu com feltro, usando como base um
outro chapéu bem velhinho da minha coleção. Uma amiga me deu uma rosa branca de
cetim que eu pus na lapela do terno e uma outra me emprestou uma réplica de um
antigo relógio de bolso, além de uma pequena caixinha de música de manivela que
interpreta “La vie en Rose” de Edith Piaf. Finalmente consegui tirar a tempo do
conserto a minha caixinha amplificada de som que fica pressa à cintura. Através
dela consegui tocar a trilha da personagem, composta de chorinhos de
Pixinguinha, intercalados com efeitos sonoros de avião passando.
Apesar do meu receio no começo, a experiência foi realmente incrível, dada a importância de Santos Dumont para os moradores da cidade. Fui assumindo este na medida que interagia junto ao público que circulava pelo parque. Crianças conversavam comigo como se eu fosse realmente “o próprio”. Tive que me esforçar ao máximo para manter-me sério, já que pelo geral costumo rir nas minhas apresentações.
Foi um trabalho de teatro e interação que deu certo. Tudo foi se encaixando. Apesar de que tanto meu porte físico, como o formato do meu rosto ou a cor dos meus olhos serem diferentes a Santos Dumont, consegui pegar o personagem de dentro para fora, na introspeção, na contemplação, na gestualidade delicada. Trazendo elementos de um tempo antigo. A trilha sonora composta de chorinhos ajudou bastante a dar o clima da época. Até a maquiagem branca deu um tom de etéreo para ele. Alguém falou "Parece um fantasma" e eu com gestos respondi: "mais é!" Uma mulher falou comigo como se eu fosse o próprio Santos Dumont, perguntando como é que tinha chegado lá e eu respondi que estava testando a máquina do tempo de um colega inventor. Um senhor brincou dizendo que quem tinha inventado o avião eram os irmãos Wright. Veio a tona vários rasgos da vida de Santos Dumont dos quais eu tinha lido. Sua origem, sua família, sua sexualidade, sua tendencia suicida, etc. Enfim, inúmeros elementos que as pessoas iam trazendo para a personagem. Não saí imitando tudo mundo como estou acostumado quando vou brincar espontaneamente nas ruas. Fiquei mais na minha e as pessoas me chamavam e tiravam fotos comigo. Foi uma delicadeza e tanto. O público que frequenta o Parque Vicentina Aranha, em São José dos Campos é bem parecido ao público chique paulista que sempre valorizou meu trabalho na cidade turística de Campos do Jordão. Também teve o contato com o pessoal simples que trabalha no parque que brincava comigo me chamando de "Felipão" ou "Santos Dumont do Paraguai" pelo meu sotaque espanhol.
Sou
imensamente grato pelo meu oficio de ator, mímico e palhaço, por acreditar
estar contribuindo para fazer esse mundo mais humano e solidário.
Foto tirada no Parque "Santos Dumont" com réplica do 14 Bis ao fundo |
Mais
fotos de apresentação na FLIM 2018
Link de vídeo
"Santos Dumont brincando de aviador..."
https://www.facebook.com/carlosalberto.javkin/posts/10212197501869634?__xts__%5B0%5D=68.ARAX6NlkDOUDR1IGFUuwVdqn7cgp37shz2yFUsc0kqY-tikITorG3oVoY4v0iTAfKYJgWnjuLGpMQN2ycYr24ruIorOm_xkZQwBaWH1voyEDo4vRaZHhPCxIVitgd0E_e_E8417hBDF1_t9DgaL_9zgcVc-TE6QoqM1qEoGHNhlvUpMK2TMRNQ&__tn__=C-R
Link FLIM Parque Vicentina Aranha
http://www.pqvicentinaaranha.org.br/flim
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