Esse ano o "Festivale", Festival Nacional de Teatro de São José dos Campos, do qual participo de alguma forma há uns quinze anos, homenageia o Teatro Popular. O que será popular? Para mim
sempre foi o fato de ir para rua estabelecer um contato direto com o povo, prevalecendo o improviso, o
inusitado.
Nos encontramos num momento de desvalorização das artes em
geral, de questionamento do que se pode ou não falar, de enxugamento de gastos.
Os editais públicos são uma saída para
sobrevivência, por isso é que eles são concorridos por um número cada vez maior
de grupos e acabam prevalecendo aqueles que apresentam trabalhos de melhor
qualidade ou os que nas suas abordagens não comprometem as instituições.
A situação para mim tem ficado bem restrita, já que tenho
tido dificuldades para conseguir meu sustento no chapéu, de forma espontânea, como estou acostumado. Por isso, entre outras coisas, acabei tirando da gaveta o “Milongas Sentimentais”, que não apresentava a mais doze anos. O
“Milongas” faz um paralelo entre a história e a cultura Brasileira e Argentina
no contexto dos países de Latino-América. Para a nova versão atualizada do espetáculo
chamei o violonista Diogo Oliveira que executa a música ao vivo.
Tanto o “Milongas Sentimentais” como “Dois Brincantes e o Príncipe
Feliz” fazem parte da programação do festivale 2019. O primeiro como espetáculo
convidado e o segundo patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura da cidade,
fazendo parte do projeto “Dois Brincantes e o Príncipe Feliz na Praça do Bairro”.
Programação completa do 34º Festivale:
Cartaz do Projeto "Dois Brincantes e o Príncipe Feliz na Praça do Bairro" Arte de Bianca Maeggi |
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