Sexto bairro a ser atendido pelo projeto
“Dois Brincantes e o Príncipe Feliz na Praça do bairro”, nessa semana estivemos
na Vila Maria e nos concentramos na Praça Nenê Cursino, local da apresentação
de nosso espetáculo. Lá fica a UBS, na qual fui atendido tantas vezes quando
fui morador do bairro, e o Centro Esportivo, assim como ainda sobrevive a banca
de jornal do Silvio e ele próprio, uns onze anos mais velho. Da última vez que
nos encontramos ele me ajudou a divulgar meu espetáculo pelo projeto "Show
na Praça" em 2008. Silvio tem alguns problemas de saúde como deficiência
auditiva. Aos gritos expus nosso projeto, e ele, por sua vez, como ha onze anos
atrás, se prontificou para apoiar a ideia dizendo - “Isso ai tem que
acontecer todos os dias. Pena que aqui só dá bebum”. Também me contou que entre
as modificações que houve na praça, que hoje conta inclusive até com “academia
ao ar livre”, se arrepende de ter solicitado para a prefeitura a instalação de
um quiosque e banquinhos de cimento, já que isso provocou o ajuntamento de
pessoas em vulnerabilidade social...
Estamos em fase final do projeto,
restando apenas duas apresentações oficiais, contando com essa da Vila Maria, e
duas de “contra partida”, que faremos de graça, uma no centro, de noite, no
período natalino, em local em que se concentram vários moradores de rua da
cidade e a outra no litigioso bairro do banhado, para a população que resiste
em sair de lá.
Comunicar com sutileza. Distanciar-me
das pessoas para criar diálogo, em tempo de preconceito e intolerância. Tratar
os outros do mesmo jeito carinhoso que gosto de ser tratado. Isso é o que tenho experimentado...
A "Burrinha" que tantas vezes alegrou a população do bairro |
Para a realização do projeto já quase no
final do ano estamos tendo que enfrentar as dificuldades do clima com o sol
forte e a possibilidade de chuva devido à época. No caso da praça Nenê Cursino
especificamente também existe a adequação da apresentação aos espaços
reduzidos, à acomodação do público na hora da apresentação, o preconceito por
parte dos moradores do bairro devido aos frequentadores da
praça, etc.
Tocando chorinhos dentro das sala de aula da escola |
No dia da apresentação, marcada para
começar às 10:30 horas , a
nossa equipe chegou na praça antes das 09:00 da manhã. Terminamos de montar o
cenário e André deixou o som ligado a partir das 09:30. Junto a Silvia
entregamos flayers para os transeuntes e anunciamos no microfone a atividade a
ser desenvolvida.
Começamos o espetáculo de forma
expansiva na hora marcada, enquanto o público ia chegando ao local. As pessoas
foram se acomodando nos bancos do quiosque e na grama em volta. Teve carrinho
de pipoca e de picolé, de trabalhadores autônomos que foram convidados por
Silvio, para colorir o evento.
Apesar da gente só ter conseguido reunir
um pouco mais de trinta pessoas, a apresentação fluiu naturalmente com o
público presente participando o tempo todo. No fim nos apresentamos, falamos
sobre o projeto e da importância da arte no cotidiano do bairro. Agradecemos os
apoiadores e, entre eles, especialmente ao Silvio, peça fundamental para o
êxito da nossa empreitada.
Adequação aos espaço que a praça nos oferece |
Apresentação "iluminada" de nosso espetáculo |