domingo, 26 de maio de 2024

Água, essencial para vida.

 

O menino Noha se sente indestrutível, assim como as personagens dos desenhos japoneses de Anime que ele assiste direto no notebook da sua mãe, quando está em casa, ou no celular do seu pai quando vai para a casa dele. Com nove anos, Noha se multiplica, crescendo um pouco mais a cada dia, mudando de tamanho e ganhando forças para se proteger das dores ocasionadas pelas brigas familiares. 

Ele passa muito tempo sozinho, brincando no seu mundo de fantasia, repetindo posturas de defesa das artes marciais que aprende com seus super-heróis preferidos. 

Noha adora hambúrguer e detesta ter que tomar o leite hiper adocicado servido no refeitório da escola quando se esquece de levar o seu próprio lanche.

Ele pensa: - "Como se pode sair de tão confortável mundo para participar de uma turma do teatro?"

 Que chato!

Pior é ter a obrigação de se comunicar com os outros quando o professor propõe exercícios grupais: “É com a gente, Noha...”.

Ufa! 

No fim ele acaba cedendo e até gosta de fazer parte nas representações ao final de cada aula. Às vezes falta, mas sempre acaba voltando.

Para a criança tudo é natural, portanto Noha nem se lembra da maravilhosa história que criou em que alienígenas vem confiscar à água da Terra para levá-la para o planeta deles, mas acabam se arrependendo deixando-a para os humanos tomarem conta dela.


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