Cheguei de bicicleta sob o sol forte do verão, carregando a
boneca, a burrinha, o som, o figurino, a maquiagem, etc. e parei debaixo de um
toldo, na esquina de frente ao bar “Coronel”, em São José dos Campos. A
loja da calçada onde estacionei estava fechada já que era Sábado de tarde,
havendo inclusive uma corrente esticada como proteção. Fiquei desse lado da
corrente, olhando para o bar. Comecei a me trocar. Mudei de camiseta, deixei o
capacete pendurado ao guidão da bicicleta e coloquei o chapéu de palhaço.
Maquiei-me ai mesmo sob o olhar dás pessoas do outro lado da rua que me
observavam enquanto bebiam. Amarrei meu amplificador de cintura e coloquei um jazz
no meu MP4 como trilha sonora. Atravessei a rua rumo ao bar. Enfiei-me no meio
do corredor, entre as mesas e o meio fio da calçada e fiquei fazendo mímica,
interagindo com ás pessoas. De vez em quando ia para rua para brincar com os
motoristas e depois voltava para o corredor. Isso durou um bom tempo até eu voltar
para minha bicicleta e pegar a burrinha para continuar a brincadeira e por
último a boneca com a qual dancei ao som de um forró do Jackson do Pandeiro. Deu
uma grana razoável no chapéu e pude conversar com as pessoas depois da
apresentação, entregar cartões, falar do blog, etc. Fui embora de cara branca,
nariz de palhaço e capacete na cabeça ao som do “Russo Jazz Bend”, brincando
encima da bicicleta, buzinando para os carros. Cheguei nesse clima num bar novo
que fica a um quarteirão do “Coronel”, chamado “Empório São José” e consegui
brincar, antes da chuva começar, conseguindo assim mais uns trocados. As
pessoas bateram palmas e no fim eu falei: - Eu sei que esse tipo de trabalho
não é muito valorizado, mas eu acho que ele é válido porque “humaniza”, e ainda
dei um grito de “Viva São José dos Campos!”.
Fui embora com a chuva correndo atrás de mim, fiquei de
“Alma Lavada”...
"Um sonho que se sonha junto é realidade" |
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