quinta-feira, 1 de junho de 2017

Apresentação no Festival Cultural da Moçota, na cidade de Caçapava

Depois de um extenuante Sábado em Campos do Jordão, onde me vi mais uma vez encurralado pela multidão, tive o respiro de um trabalho mais tranqüilo, na cidade de Caçapava, no Domingo, dia 28 de Maio, no “Parque ecológico da Moçota”, fazendo parte da programação do primeiro festival cultural realizado por lá.

A "aventura” da viagem começou logo de manhã, eu, com meu corpo em farrapos pelo cansaço do Sábado, pegando a "burrinha" que estava no bar do Seu Antônio, em frente à rodoviária de Campos e continuou com a chegada na rodoviária de Taubaté, onde me aguardava o Marcos, funcionário da Prefeitura de Caçapava, com um carro oficial modelo "Siena" onde colocamos todos os meus pertences, inclusive a bicicleta. Para conseguir a façanha amarramos á tampa do bagageiro com um dos meus extensores, deixando a roda da frente da bike para fora com um paninho fazendo de bandeirinha pendurado ao guidão, em sinal de alerta, para os carros que vinham atrás da gente.

Já no parque, antiga fazenda, fui muito bem recebido, na casa que fica logo na entrada, onde, da varanda, dava para avistar o movimento da festa, com crianças brincando num parquinho, som de viola rolando e pessoas indo e vindo. Senti-me em casa, como quando participo dos eventos realizados no Parque da Cidade, em São José dos Campos. Depois do primeiro contato na casa, chegou Paola, minha amiga e organizadora do evento, pedindo-me para fazer minha primeira aparição no meio do povo.Lá estava eu, maquiado, tendo o primeiro contato com a turma...

Cheguei chegando, mas com sumo cuidado, detrás de mim mesmo, brincando e observando. Pessoas simples abertas ao diálogo. “Brincadeira de criança”.
“Feira Gastronômica e Cultural” distribuída pelo parque, onde artistas e artesãos locais expunham suas obras e produtos e onde eram vendidos alimentos para os visitantes. Fiquei sabendo ente outras coisas que o doce típico de Caçapava é a Taiada e, inclusive, que este é o apelido das pessoas que nascem na cidade.

O que mais me chamou a atenção é o espaço com extenso gramado verde onde estava montado um palco baixo ao meio, pessoas bem á vontade deitadas na grama e crianças brincando para lá e para cá, num clima alegre e leve. Nesse marco vesti a minha “burrinha” e acabei conhecendo “Alice”, uma menina negra de uns oito anos de idade, vestida com um pequeno boizinho de papelão. Ao som do saxofonista que se apresentava no palco ensinei a Alice o movimento do jogo realizado entre “Boi” e “Burrinha”, que apreendi no folguedo de bumba meu boi. Depois fiquei sabendo pela boca da mãe que Alice sempre fala em ser artista. A menina não me largava em momento algum, ela junto a um grupo de crianças se grudaram em mim como abelhas ao mel.

Entre as coisas que mais gostei do festival estão a roda de conversa com historiadores da cidade e a apresentação do violonista de São José dos Campos Diogo Oliveira, com seu show em homenagem a Tom Jobim. Muito diferente, ver uma pequena figura no centro de um grande palco, tocando o seu violão e cantando suavemente em meio ao barulho natural da mata, misturado com o barulho natural de gente. Vitamina de Moçota para fortalecer corações brasileiros...



Verde que te quero verde...



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