Chegando em Campos do Jordão depois de algum tempo de
ausência, vejo, para minha surpresa, que o antigo ponto de táxi, que com a
construção do calçadão, virou área coberta, servindo de ponto de encontro de trabalhadores de todo tipo, tanto do comércio local, quanto de artesãos,
vendedores de bugigangas, de bexigas ou de algodão doce; de catadores de
latinhas, de artistas de rua e de mendigos de toda espécie estava incrivelmente
limpo! Alguém tinha lavado o chão com água e sabão. Literalmente: “Passaram o
pano...”
Vai ver que foi por causa da chegada da temporada de inverno, mas, a prefeitura mandou retirar a galera que trabalhava no calçadão.Junto com gente “nada a ver” foram atingidos no mesmo bolo artistas como Henrrique, talentoso desenhista peruano que estava em sua segunda temporada na cidade A situação nesse ano incomodou as autoridades e comerciantes por causa do congestionamento de trabalhadores autônomos que aproveitam o grande fluxo de turistas para tentar tirar o seu sustento.
Vai ver que foi por causa da chegada da temporada de inverno, mas, a prefeitura mandou retirar a galera que trabalhava no calçadão.Junto com gente “nada a ver” foram atingidos no mesmo bolo artistas como Henrrique, talentoso desenhista peruano que estava em sua segunda temporada na cidade A situação nesse ano incomodou as autoridades e comerciantes por causa do congestionamento de trabalhadores autônomos que aproveitam o grande fluxo de turistas para tentar tirar o seu sustento.
Nos finais de semana da temporada, pelas ruas do centro
turístico de Campos, circula um tipo de público heterogêneo em que se mistura
desde pessoas de classe media alta até pessoas
simples que vão passar o dia de excursão.
Apesar de trabalhar a vinte e cinco anos na cidade, a minha
atividade é permitida simplesmente porque não ocupa um espaço delimitado.
Então, fico de lá para cá procurando um cantinho na frente das mesas de algum
restaurante e brinco com quem tiver interesse, no meio da “muvuca”.
Eu gosto do desafio de tentar conseguir dar certo num espaço
bem limitado. As pessoas questionam: - “Mas, quando tem muita gente, não é
melhor?”.
Claro que não, para o diálogo acontecer tem que existir um
espaço de respiração.
Das poucas mesas dos bares que consigo conquistar com minha mímica interativa vem
elogios e perguntas tais como:
- “De onde você saiu?”.
A o que eu respondo:
- “Sou um simples sobrevivente”
Ai eu ouço:
- “Alem de ser um sobrevivente, você é um sobrevivente que
vive de arte".
Ou então:
- “Estamos precisando de pessoas como você, que nos tragam
alegria”.
Ao que respondo:
- “Tenho feito o melhor que posso”
A máxima foi “Você é patrimônio da cidade...”.
Caracas, não sabia que era tão importante assim...
Em fim, Já atravessei várias crises com minhas intervenções
de rua em mais de três décadas de Brasil, mas a de agora é mais complicada, já
que esta além de econômica é de valores. Quando vou para rua a minha intenção
e estabelecer um trato humano, resgatando a ingenuidade, o lúdico, o diálogo e a
paz, independente à idade ou à condição social do público presente.
Com os espetáculos apresentados pela nossa companhia
acontece o mesmo, tentamos desenvolver temas que aproximem as pessoas.
Hoje, como “Milongas Sentimentais - Teatro popular”,
realizamos três espetáculos de nosso repertório”:
-
“Na Rua” ou “As Peripécias do Mímico Andarilho”.
Espetáculo de Mímica e Clown Interativo.
-
“Dois Brincantes e o Príncipe Feliz” – Espetáculo de
Teatro Popular.
-
“Milongas Sentimentais” – Comédia de Teatro Popular.
Arte de Rua - Semana do Circo 2018 - FCCR - SJC SP https://mimicoandarilho.blogspot.com/p/espetaculos.html https://www.facebook.com/Milongas-Sentimentais-Teatro-Popular-173882529422531/ |
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