Aproveitei minha estada em Campinas para sair brincar – despretensiosamente - à noite, nos bares, montado na minha bicicleta. Ia ao bairro “Cambuí” aonde uma turista campinense que me assistiu em Campos do Jordão me disse que “dava para rolar”. Campinas tem um ar de metrópole, com largas avenidas. Não vi gente de bicicleta nas ruas, nas quais consegui transitar tranquilamente no meio a carros e ónibus, levando minha burrinha pendurada às costas. No trajeto tive que passar por uma parte meio escura – e aparentemente perigosa – da região central, mas continuei enfrente... Chegando ao destino, vi vários bares em ruas bem movimentadas e fiquei um pouco assustado. Estava quase voltando “para casa” quando fui munido por certa coragem que me levou a “tentar”, já que essa e a melhor forma de saber como é que são as pessoas do lugar. Lamentavelmente escolhi o local errado para começar, num cruzamento em que há dois bares localizados nas esquinas que são frequentados por aquele tipo de jovens burgueses que se acham “o Máximo”. Fiquei parando o trânsito que nem faço em Campos do Jordão e notei que não e nada fácil, por causa do grande fluxo de veículos. Depois de um tempo finalizei a história, agradeci ao público e parti para outra. Já estava indo embora quando no caminho achei um bar de gente aparentemente mais “bacana” e acabei trabalhando para eles, continuando a improvisar com os carros da rua – apesar do stress de alguns motoristas –
No final houve palmas e consegui me apresentar para as pessoas do local para depois “rodar o chapéu” e ganhar
o dinheiro suficiente para pagar o hotel e mais alguma coisinha.Integrante do grupo "Universo Casuo" |
No outro dia oito horas da manhã estava em Jaguariúna, cidade vizinha de Campinas - em dia chuvoso - onde fiquei sabendo do tamanho do evento no qual ia me apresentar. Tratava-sé de uma festa que uma grande distribuidora de pesticidas para o “agro” fez para seus clientes, com direito a participação num bingo, que tinha como prêmio um carro 0 km, comes e bebes a vontade e shows de Toquinho e “Universo Casuo” - grupo formado por um brasileiro ex-integrante do Cirque do Solei – alem de outras atividades circenses e animadores que nem “eu”, ao qual o dono da empresa contratou depois assistir em Campos do Jordão.
"Toquinho", parceiro do mestre "Vinicius de Moraes" |
Resgato desse dia a convivência com pessoas do meio artístico e as conversas que tive com Carlos – motorista da Agross – e com Fausto – do grupo “Corpo Mágico” que me diz coisas como:
-Lamentavelmente no Brasil você tem que ser mala, ou seja, se mostrar "artista" e criar uma distancia com as pessoas. Por outro lado isso e bom, porque mantém a “magia” com as crianças. “Quando estou me apresentando, no palco eu me transformo...”
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