É verdade que fico muito exposto brincando "no meio da rua" e que nem sempre estou tão “inspirado”. Mas mesmo assim vou a luta, por uma questão de sobrevivência.
Gostaria de ter alguém como “cúmplice” filmando de perto as brincadeiras de mímica e editar as imagens eu mesmo, escolhendo os melhores momentos.
Estou num estado de espírito bem calmo com minha maturidade e tal vez por isso entenda melhor o “palhaço”, deixando fluir, dando tempo ao tempo e me comunicando com crianças e adultos de um jeito leve..
Antes da filmagem, eu, Roberval e Jonatas Faro fazendo um jogo de descontração com as crianças |
Também por isso fui convidado a participar de cinco dos últimos seis “Festivale” -Festival de Teatro do Vale do Paraíba – realizados em São José dos Campos, SP, cidade onde eu moro.
Sim, o palhaço brincando "no meio da rua" tem uma forte função social, independente de instituições, já que ele se comunica diretamente com as pessoas expressando um certo anseio coletivo de irreverência. No meu caso - como mímico - minha atividade serve de espelho do cotidiano, e sinceramente, eu acredito nesse tipo de "Teatro de intervenção"...
Junto a meu colega e amigo Nelio Fernando em performance na rua no dia da luta antimanicomial em SJC SP |
A arte está à serviço da liberdade, enquanto que as instituições, em sua maioria, caminham no sentido oposto... infelizmente.
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho Carlos, sou fã da sua irreverência enquanto artista e da sua persistência enquanto ser humano.
Abraço grande,
Flávia D'ávila