O teatro de intervenção, a palhaçada espontânea, a música
tocada informalmente nas ruas, o grafite, etc.
As pessoas precisam disso. Expressão e comunicação de uma
forma solta, sem hora nem local marcados...
Na era da tecnologia, onde o uso constante do celular faz
com que o relacionamento com o mundo se torne “virtual”.
Onde o dinheiro virou cartão de débito ou crédito
Onde só se fala em violência e em crise econômica.
Num país onde predomina o preconceito, inclusive com os
artistas de rua...
Para nós tornou-se mais difícil ganhar dinheiro, mas sempre
rola alguma coisa no chapéu, então, é só fazer mais vezes...
Rodolfo, saxofonista que passou pela cidade de São José dos Campos e encantou todo mundo no calçadão do centro |
Acredito que o trabalho da gente faz sentido. No meu caso, em que tudo se desenvolve no diálogo direto com o público, a minha postura é muito importante, porque acabo sendo exemplo, um “interlocutor”.
Curioso é o que me falou uma amiga sobre como os argentinos são
diretos e incisivos. Fez-me lembrar das vezes em que alguém do público me interroga
para afirmar para si mesmo que eu não sou brasileiro. Apesar de morar no
Brasil há tanto tempo parece que ainda guardo rasgos marcantes da minha terra
natal. Com o passar do tempo tenho tentado ser cada vez mais conciliador,
procurando com que as pessoas entendam que se trata só de um jogo no qual minha
intenção e levar paz e alegria por onde passo...
A utopia, às vezes, pode parecer simples bobeira, mas a
gente precisa dela...
Apresentação do Dia das Crianças, no Parque da Cidade, em S.J.C, SP, pelo Departamento de Eventos da Prefeitura local |